domingo, 30 de junho de 2019

Aprendizagens do PEAD


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   Então é chegado o grande momento, o momento mais esperado e ansiado. Momento de finalização do tão sonhado curso de graduação. Momento de reunir todas as aprendizagens, todas as experiências e todas as reflexões em um único desfecho na construção e apresentação do TCC e formatura.
   Aqui no portfólio pude expressar em outras duas postagens específicas (2015 e 2018), um pouco das aprendizagens ao longo dos semestres, na qual descrevo que foram muitas as aprendizagens. Que mesmo com toda a correria do dia a dia, com os atropelos na realização dos trabalhos, com a canseira decorrente da carga horária, com as dúvidas e as dificuldades em saber se estava fazendo certo ou errado, posso dizer com toda convicção que tudo valeu a pena e serviu para me mostrar que sou capaz, acreditando que todos esses desafios serviram para me fazer acreditar que a construção do conhecimento só acontece quando há desacomodação (transformação) juntamente com as relações interpessoais (corporeidade), através de muita reflexão entre a teoria e a prática. 
    Estas reflexões entre as interdisciplinas e a nossa prática, fez com que eu enquanto aluna e ao mesmo tempo professora, pudesse compreender a aprendizagem como uma construção, passando assim, a perceber com mais paciência a construção da minha  aprendizagem, assim como a dos alunos.
   Hoje, finalizando o curso, posso dizer com certeza, que foram muitas as dificuldades, porém, posso afirmar com toda a apropriação que muito mais foram as aprendizagens. Foram semestres de muito movimento, de muita  transformação,  de muita construção, de muitas aprendizagens, de muita reflexão sobre as práticas, de muito diálogo e, é claro, de muitas relações e troca de saberes.
  Através do PEAD e enquanto professora, pude tomar consciência da importância da nossa prática na construção do conhecimento dos nossos alunos enquanto sujeitos, transformando e influenciando em suas vidas.
    De acordo com Alarcão (2005, p. 177), “os professores têm de ser agentes ativos do seu próprio desenvolvimento e do funcionamento das escolas como organização ao serviço do grande projeto social que é a formação dos educandos”.
   Neste sentido, importante ressaltar que a melhoria do ensino e suas bases estão assentadas na formação dos professores, pois, são eles os responsáveis pela ação educativa e pelo desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. É preciso que se forme o professor por meio da prática reflexiva tendo como objetivo essencial a consolidação da autonomia profissional, que saiba agir com inteligência e flexibilidade, buscando construir e reconstruir conhecimentos.
   Entrei na UFRGS ciente de que muitas seriam as dificuldades e os desafios, mas hoje sairei ciente que a trajetória foi essencial e transformadora.
   Deixo aqui meus sinceros agradecimentos a todos os professores, tutores e colegas, que sempre presentes e dispostos,  fizeram a caminhada ser mais tênue e construtiva. 
   "Quem vive o ensino como uma paixão aos olhos dos seus alunos deixa de ser apenas um professor para se tornar um herói, um exemplo, um amigo".
   Que sejamos mais heróis, mais exemplos e mais amigos!
   Gratidão por tudo!

           

Reescrevendo sobre ética III


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   Final do ano passado, em meio ao estágio curricular, vivenciei uma situação lamentável parte da professora titular da turma, de falta de conduta ética e respeito para com os alunos e com a minha pessoa, na qual faço referência na postagem de 02 de dezembro de 2018.
   Através dela, descrevo a ética como um valor indispensável ao processo de formação do sujeito. E, nós como professores/educadores, temos em nossas mãos a responsabilidade formativa do ser humano e futuro cidadão. Portanto, se fazendo necessário perceber e acreditar que "a educação não é apenas um processo institucional e instrucional, mas fundamentalmente um investimento formativo do humano". 
  Neste sentido, a sua presença torna-se necessária tendo em vista a imprescindibilidade de sua orientação para a nova realidade na vida social e por saber que ela encontra-se sempre presente nas discussões relativas ao comportamento humano.
    O filósofo Mario Sérgio Cortella afirma que – “É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa consciência e começarmos a achar que tudo é normal.”
     Esta pra mim é a questão fundamental. Achar que tudo é normal, que tudo é possível de se dizer e fazer porque não dá nada. É preciso enxergar  e aceitar o erro e aprender a partir dele.
    Errar não é o fim, mas não aprender com seus erros pode ser o começo para isso. Portanto, é essencial saber reconhecer quando falhou e, especialmente, como aquele tropeço pode trazer algum aprendizado tanto individual como coletivo. 
   É preciso reconhecer a importância do trabalho coletivo na construção de melhores resultados, considerando que uma postura individualista além de antiética, demonstra falta de respeito para com o trabalho das outras pessoas. 
    Vale ressaltar que  ser justo é não favorecer ninguém por conta de amizades ou afinidades, mas respeitar o direito que todos têm de promover o seu crescimento por meio de sua dedicação e dos seus esforços.
   No espaço escolar, a ética também deve ser representada por uma direção justa e ilustrada por profissionais corretos, responsáveis e comprometidos em entregar o seu melhor a todos os envolvidos no processo de escolarização.
  MORETTO, 2001, diz que: “A ação do educador deve pautar-se na ética profissional vista como o compromisso de o homem respeitar os seus semelhantes, no trato da profissão que exerce…” Com essa afirmação, conclui-se que a tarefa pedagógica exige ética, uma vez que a mesma representa um compromisso político-social, relações recíprocas e respeito ao conjunto de normas e regras sociais.
  Portanto, a escola por ser a verdadeira formadora de cidadãos, cabe-lhe a tarefa de orientar o comportamento ético e moralista dos seus educandos.


CORTELLA, Mário Sérgio. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 9ª ed. – Petrópolis, R J, Vozes, 2010.
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=5148496061738512186#editor/target=post;postID=3950143503642223229;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=24;src=postname, acessado em 02/12/2018.

Copiar e repetir II



  Em minha postagem do dia 24 de setembro de 2017, descrevo minha  conversa com uma colega.       Nesta conversa, falávamos sobre o modelo pedagógico  predominante nas salas de aula da nossa escola. O motivo da conversa era exatamente sobre como nossos alunos estão acostumados a só copiar, a só repetir. Digo só, porque este hábito gerou uma acomodação e um desinteresse por parte dos alunos em interagir, indagar, questionar e/ou refletir sobre os assuntos propostos e trabalhados.
   E este, foi um dos motivos da minha escolha em relação a turma para a realização do estágio curricular obrigatório. Pois, enquanto professora educadora, me senti responsável em priorizar aos alunos um ambiente colaborativo, letrado e dialógico, onde as aprendizagens fossem envolventes e desenvolvessem a capacidade de agir,  pensar e se posicionar.  Tendo consciência que não existe aprendizado, seja ele qual for, por meio de pressão, imposição e tempos determinados,  percebendo e respeitando que cada aluno tem seu tempo de aprendizado e seu ritmo próprio.
   Como diz Becker, precisamos mudar as ações, os verbos. Precisamos deixar de incentivar à prática do "copiar e repetir", limitando os alunos e condenando-os talvez, ao fracasso escolar. Precisamos proporcionar às práticas que estimulem a reflexão, a compreensão, a interpretação, o questionamento, a formulação, a transformação, a opinião, enfim, usar de todos os verbos que estimulem a construção e o desenvolvimento significativo do sujeito, enquanto aluno e cidadão, com todas as suas potencialidades e especificidades.
   Neste sentido, a partir do curso e das orientações do estágio, e a partir das reflexões e das aprendizagens, pude através do desenvolvimento da prática reflexiva, perceber e rever minha postura, meu fazer, e particularmente, a refletir sobre o aluno percebendo-o como sujeito que constrói sua aprendizagem, respeitando e mediando seu processo e estimulando para que tenha autonomia. 


Becker, fernando. Escola - mais laboratório e menos auditório. TEDxUnisinos, Disponível em <


  

Prática reflexiva II

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   Em minha postagem inicial, em 21 de abril de 2017, descrevo a importância da prática reflexiva à formação docente.
   Esta prática, é sem dúvida pra mim, a ação mais importante do fazer docente. 
  Para Nóvoa(2001), práticas reflexivas, não são inerentes à profissão docente: não são naturais, mas são inerentes: pois são essenciais para a profissão.
    Neste sentido, é necessário criar um conjunto de condições, um conjunto de regras, um conjunto de lógicas de trabalho e, em particular, criar lógicas de trabalho coletivos dentro das escolas, a partir das quais - através da reflexão, através da troca de experiências, através da partilha - originar atitude reflexiva de parte dos professores.
  Quando propomos alguma ação junto aos alunos, seja qual for a intencionalidade, estamos também propondo que a partir desta ação haja uma sucessão de reações. Estas reações, ou possibilidades de novas desacomodações, proporcionarão reflexões desafiadoras não só à nossa prática docente, como também a construção do conhecimento dos alunos e ao trabalho coletivo como um todo dentro da escola. Portanto, somos desafiados diariamente a sermos educadores reflexivos.
   Entretanto, assim como os professores, a escola também precisa ser um espaço de contínua reflexão. Se pensarmos na escola como um espaço de formação social, cultural, profissional, ideológica e política, portanto, com a função primordial na educação e na formação do homem para o exercício da cidadania, precisamos fazer com que a escola seja respeitada e comprometida com todos os envolvidos no processo educacional. E, para que isto aconteça, é necessário que a organização da escola precisa ser repensada como um espaço de participação,  de diálogo, de reconstrução, de experimentação, de investigação, de formação, de ação e reflexão.
     Para Dewey  (1979), pensamento reflexivo constitui um princípio educativo e, da mesma forma, um princípio da vida democrática. 
     Para o autor, a prática reflexiva como reconstrução criativa deve orientar o agir pedagógico em diversas dimensões das quais podemos destacar as seguintes: o âmbito da moral e da ética, da epistemologia ou lógica do pensar, da política e da estética.
     De acordo com Alarcão (2005, p. 177), “os professores têm de ser agentes ativos do seu próprio desenvolvimento e do funcionamento das escolas como organização ao serviço do grande projeto social que é a formação dos educandos”.
      Neste sentido, é importante ressaltar que a melhoria do ensino e suas bases estão assentadas na formação dos professores, pois, são eles os responsáveis pela ação educativa e pelo desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. É preciso que se forme o professor por meio da prática reflexiva tendo como objetivo essencial a consolidação da autonomia profissional, que saiba agir com inteligência e flexibilidade, buscando construir e reconstruir conhecimentos.


ALARCÃO, Isabel (Coord.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto: Porto Editora, 2005.
DEWEY, John. Como pensamos como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo: uma reexposição. Trad. Haydée Camargo Campos. 4.ed. São Paulo: Nacional, 1979a. Atualidades pedagógicas; vol. 2. 292 p
https://pt.slideshare.net/AdrianaGalhardi/oficinas-a-prtica-refelxiva-no-ensino-mdio
http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/conteudo-2008-2/2SF/Lia/Escola%20Reflexiva%20e%20nova%20racionalidade.pdf

Reflexão X Planejamento

                            Resultado de imagem para imagem de PPP escolar 

     Não tem como não repensar a postagem do dia 7 de maio de 2018. Nela descrevo sobre minha preocupação em relação ao PPP da escola que estava em processo de reconstrução e que para minha surpresa em uma reunião pedagógica do início do ano letivo o tema avaliação veio a tona devido a dúvidas de alguns professores, e quando eu questionei que o PPP deveria ser retomado para estudo e discussão pelo grupo, obtive como resposta que ele estava pronto e enviado a SMED. Isto na época me deixou muito incomodada, fazendo com que eu cobrasse uma atitude da direção, o que gerou certo desconforto por parte da equipe (supervisão e coordenação), pois o documento estava sendo organizando por eles. 
     Algum tempo passado e o PPP volta para ser reconstruído pelo coletivo. Tudo certo até então, pois, volta a ser pauta de reunião e de reflexão. Porém, passado mais um tempo e ele deixa de ser pauta, até que há cerca de um mês, para minha surpresa, fico sabendo que o documento estava novamente na mantenedora para ser aprovado. Como assim? Tudo de novo!
     Portanto, aquelas dúvidas e incertezas pedagógicas que permeiam o nosso dia a dia na escola, continuam não tendo o devido valor por parte da equipe diretiva, em especial pela coordenação pedagógica.
     Neste sentido, fico me questionando porque questões como estas, que são primordiais ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, parecem não ser tão importantes e necessárias para alguns professores. Há uma certa resistência a respeito de se repensar e reorganizar um documento importante, que norteia as demandas e necessidades da escola e dos alunos. 
      Segundo Ferreira (2009, p. 1), “fazer o PPP implica planejamento de todas as atividades no âmbito escolar, execução das ações previstas, avaliação do processo e retomada. Isso somente é possível se instituída a prática do registro e da reflexão sobre ele”.
      Entretanto, para que isto venha acontecer, o pedagógico deve tornar-se mais político e o político, mais pedagógico. É preciso desenvolver práticas pedagógicas de planejamento reflexivas que permitam a participação de todos e que venham ao encontro das necessidades da  da instituição escolar e da comunidade.
     Rays, diz que: "o ato de planejar o ensino revela sempre, por parte do educador, uma atitude axiológica, ética, política e pedagógica, que pode ou não contribuir para uma formação de qualidade dos educandos" (2000, p. 96). Pois, se queremos superar o planejamento tido como um ato mecânico é preciso construir um planejamento que expresse um processo educativo de qualidade.


FERREIRA, I. Projeto político-pedagógico. Disponível em: <http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/ppp>.  Acesso em 29 njun. 2019.
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2407153/mod_resource/content/2/Planejamento%20de%20ensino%20um%20ato%20pol%C3%ADtico-pedag%C3%B3gico%20de%20Rays.pdf


Aprender e ensinar com prazer

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  Relendo as escritas do blog, encontro uma postagem que fala sobre a importância do brincar na sala de aula. 
   Nela destaco que é por meio do brincar que as crianças aprendem sobre si mesmas e o meio que as rodeia. Compreendendo que durante a infância, o brincar é fundamental para o desenvolvimento físico, emocional, social e intelectual das das crianças, daí a importância e a necessidade da sua promoção em sala de aula.
   Trouxe esta postagem por acreditar que o professor na sala de aula, principalmente nos anos iniciais, tem um compromisso com uma aprendizagem lúdica, prazerosa e divertida. Na sala de aula, o brincar entra como recurso pedagógico, que proporciona à criança momentos em que ela pode mostrar sua agilidade através da competição, refletir sobre o fazer, organizar e desorganizar, construir e reconstruir, crescer nos aspectos culturais e sociais como parte essencial de uma sociedade. 
   Digo isto, porque durante o período em que realizei meu estágio, em uma turma de 2º ano (alfabetização), que até então era exposta à práticas pedagógicas muito convencionais com predomínio do quadro, da cópia e da individualização, propus uma mudança nas estruturas pedagógicas e priorizei práticas mais colaborativas, lúdicas e interativas, através dos jogos, das brincadeiras e do artesanato, utilizando de diferentes técnicas e recursos. 
  Esta proposta, tinha como finalidade tentar desacomodar a turma e oportunizar um maior envolvimento dos alunos, a fim de construir uma aprendizagem mais significativa, prazerosa e que contribuísse para o desenvolvimento de uma alfabetização letrada e autônoma.
     Para JORDÃO: 
                                                 A ludicidade torna tudo mais agradável e favorece a aquisição                                                     de novos conhecimentos, pois nas brincadeiras, as relações                                                           afetivas e sociais se entrelaçam e promovem um ambiente 
                                               descontraído que favorece o processo de aprendizagem". 
                                                                                              (Jordão, ET al, 2007, p. 4). 

     Piaget (1998) diz que "a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à prática educativa" (Aguiar, 1977, p. 58).
   Neste sentido, é de suma importância que tanto a família quanto a escola tenham consciência da necessidade de disponibilizar flexibilidade para as brincadeiras proporcionando momentos lúdicos e prazerosos de aprender e ensinar, contribuindo para o pleno desenvolvimento das crianças.



sábado, 29 de junho de 2019

Angustiada e pensativa - parte II

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   Em minha postagem do dia 11 de abril de 2017, relato sobre minha angústia em relação a falta de professores. Infelizmente dois anos se passaram e a situação continua a mesma. Estamos quase encerrando o primeiro semestre e ainda temos falta de professor na escola. 
   Com isto, toda uma situação de organização e planejamento são afetados, gerando um desgaste e um comprometimento no ensino e aprendizagem dos alunos, acarretando uma educação defasada e cheia de lacunas. 
   Ficamos indignados e angustiados frente esta situação, ao mesmo tempo em que ficamos à mercê da mantenedora.
   Esta situação causa uma quebra da linha que conduz os estudos, que conduz as ações de sala de aula e a rotina da escola. Afeta diretamente o processo ensino de aprendizagem dos alunos. Considerando que já estamos vivenciando um momento difícil na gestão escolar, o que vem causando insegurança e conflitos internos, principalmente na coordenação pedagógica, o que afeta diretamente o grupo de professores.
   Para Vygotsky, o professor é figura essencial do saber por representar um elo intermediário entre o aluno e o conhecimento disponível no ambiente.
 De acordo com o trecho do livro A Formação Social da Mente: O       Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores, de Lev Vygotsky, "O aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer." 
   Neste sentido, o trecho destaca que, para gerar desenvolvimento, que o aprendizado precisa ser organizado - pelo professor, por exemplo, que na interação com os alunos tem o conhecimento específico para mediar o acesso a diferentes saberes.
   Mesmo sendo a minha função no momento, tenho substituído e portando entrado para dar aula em diferentes turmas, o que tem me deixado extremamente angustiada e pensativa. Pois tenho ciência das consequências que esta situação causa, compreendendo que a sala de aula é o principal espaço escolar que deve ser estruturado para o desenvolvimento das atividades escolares, pois, é nela e a partir do professor que acontecem as principais relações do ensinar e do aprender.

                                                   


A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores, Lev Vygotsky, 224 págs., Ed. Martins Fontes, tel. (11) 3116-0000 (edição esgotada) 


Mudanças & Transformações parte II

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  Nesta revisitação ao blog, acho que a postagem que mais me chamou atenção ao fazer a releitura, foi a do dia 26 de novembro de 2017. 
   Nela descrevo um momento vivenciado pela escola e seu corpo docente, na qual tenho muito orgulho em relatar mas ao mesmo tempo tenho muita tristeza por não fazer mais parte do nosso dia a dia. 
   Na época da postagem, descrevo  que na minha escola, mudanças aconteceram e com elas transformações positivas surgiram. Pois, a partir delas, surgiram professores que "gostavam do que faziam e faziam com prazer, com amor. Sabiam que aprender é uma aventura criadora, é construção, é reconstrução é mudança, é transformação. Sabiam que a prática educativa leva a um saber geral e a vários saberes especiais que estão ligados a prática docente, isso, "leva a interdisciplinaridade, leva a confluência de vários conhecimentos em prol da melhoria da aprendizagem, aprendendo a conhecer as relações e os significados existentes das diferentes disciplinas; aprendendo a fazer criativamente; vivendo em conjunto numa atitude trans-cultural, trans-religiosa, trans-política e transnacional; e aprendendo a ser com espírito científico num eterno aprendizado, pois sua formação é transpessoal".
   Entretanto, hoje, já não posso dizer a mesma coisa. O dia a dia da escola está desgastado, os professores que lá estão, estão cansados, desmotivados. As ações construídas até então àquele tempo se perderam. Sinto que estamos sem um norte, que precisamos de metas, de reflexões e ações consistentes que precisam ser construídas e praticadas em prol dos alunos e da comunidade.     Sinto que é preciso deixar o egocentrismo e o estrelismo de lado. Pois, é preciso compreender e definir ações pertinentes ao enino e aprendizagem de modo dialógico e reflexivo, ciente de que o fazer pedagógico precisa contemplar a realidade e a necessidade dos alunos e estar fundamentada em uma epistemologia construtivista, ou seja, com uma proposta de pedagogia relacional.
   Nesse sentido, transcrevo a escrita da primeira postagem, por concordar que a prática reflexiva se faz necessária e deve estar baseada nas competências profissionais, onde, para melhorar a qualidade do ensino é preciso conhecer e avaliar a intervenção pedagógica dos professores. Tanto os processos de aprendizagem como os de ensino são um meio para ajudar os alunos em seu crescimento e, é um instrumento que permite ao professor melhorar sua atuação em sala de aula. (ZABALA,1998) 
  Portanto, uma atitude reflexiva permanente possibilita uma análise mais complexa do oficio do profissional da educação, estabelecendo uma relação crítica com o saber, ação essencial para a construção da identidade de formador competente.

http://www.ufrrj.br/leptrans/arquivos/educador.pdf
https://pt.linkedin.com/pulse/diferen%C3%A7a-entretransi%C3%A7%C3%A3o-e-mudan%C3%A7a-vera-l%C3%BAcia-de-castro
https://gutennews.com.br/blog/2016/09/20/as-transformacoes-na-educacao/
http://universidadebrasil.edu.br/portal/a-formacao-do-professor-a-pratica-reflexiva-e-o-desenvolvimento-de-competencias-para-ensinar/



Avaliação parte III

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    Relendo a postagem de 30 de novembro de 2017, pude perceber que muito pouco ou quase nada mudou em minha escola quando se fala em avaliação.
    Lá descrevo a avaliação como uma ação contínua, formativa e emancipatória, que tem como objetivo diagnosticar a aprendizagem de cada aluno, e assim buscar caminhos para melhorar este processo.
   Entretanto, infelizmente o que ainda percebo e vejo acontecer, é que se mantém as provas como instrumento avaliador,  se restringindo a medir a quantidade de informações que o aluno é capaz de armazenar, assumindo assim um caráter de seleção e classificação.
    Para tanto se faz necessário focar a avaliação como um processo continuo que vise interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos,  focada como um processo orientador e interativo que deve ser ação/reflexão/ação. 
     Nesse sentido, continuo acreditando e buscando a avaliação como  uma ação didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Onde, por meio dela, os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades e, também, reorientar o trabalho docente. 
      Nessa perspectiva, LIBANEO diz:


                                                A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do                                                    trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo                                          de ensino e aprendizagem. Através dela os resultados que vão sendo                                            obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos                                                são comparados com os objetivos propostos a fim de constatar                                                      progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho para as correções                                                  necessárias.  (LIBANEO, 1994, p.195).

      Portanto, é necessário se ter consciência das decisões a serem tomadas em relação a vida escolar do aluno, onde o diálogo e a reflexão se façam presentes e os estudantes sejam considerados em seus ritmos e processos de aprendizagem diferentes. 
    Segundo Paulo Freireensinar exige tomada consciente de decisões, pois toda decisão tomada irá influenciar na leitura de vida do aluno. Tomar decisões significa saber escutar, pois o professor deve respeitar e escutar a posição do educando, e não decidir e nem proceder na aprendizagem uma forma autoritária de ensino.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia:saberes necessários à prática educativa. São Paulo:Paz e Terra,1996
https://novaescola.org.br/conteudo/395/avaliar-para-ensinar-melhor


quinta-feira, 27 de junho de 2019

Emocionante... Parte II

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   Revisitando meu blog, a fim de fazer a reescrita das postagens, não pude deixar de refletir sobre a escrita de 5 de dezembro de 2017, referente ao filme "Como estrelas na terra". Nela faço um paralelo da história do menino Ishaan, que apresenta um quadro de dislexia  não identificado pela família e nem pela escola, com um aluno da minha escola. Um aluno que não fala, que não interage, que não apresenta reação ou expressão as coisas e/ou pessoas a sua volta.
  Na condição de professora substituta, tenho entrado seguidamente nesta turma, hoje de 6º ano, para substituir a falta do professor de Educação Física.
   Como não sou professora de Educação Física, portanto não sou habilitada para tal, proponho atividades simples de acordo com o interesse de cada grupo, tais como: futebol, volei e jogos de mesa (ping pong, baralho, uno e damas).
   Desde o início deste ano, a fala dos professores continua sendo a mesma em relação ao aluno. Ou seja, que continua igual, que nada mudou. 
   Entretanto, vale ressaltar que tanto a escola quanto a família, não fizeram nada além do que já haviam feito. Ou seja, a situação continua a mesma.
Porém, outro dia no pátio, um outro aluno veio correndo espantado me chamar para mostrar que "ele" estava jogando futebol na quadra junto aos demais, e que ainda jogava um bolão.
   Fiquei feliz, assim como os colegas. Então propus um diálogo com ele, mas não aconteceu. Permaneceu quieto.
   Em outro momento, um grupo jogava cartas(baralho), e eis que me deparo com "ele" junto ao grupinho jogando. Não me contive e fiquei por perto observando. Em um dado momento percebo que ele protege seu jogo para que os colegas não vejam. Então eu faço uma brincadeira chamando a atenção para a  malandragem dele em relação ao jogo e aos colegas. Ele vira o rosto para eu não ver e dá uma risadinha meio desconfiada e tímida. Achei o máximo, achei emocionante,pois, para alguém que não expressa praticamente nada, é um grande progresso. Considerando que em ambas as situações ele participou dos jogos sem fazer interação dialógica com ninguém.
Neste sentido, concordo com a história do filme quando mostra a importância do professor em enxergar pequenas possibilidades e/ou meios para trabalhar com as diversas demandas com as quais nos deparamos diariamente. 
  Portanto, continuo concordando com a postagem inicial sobre este tema, quando escrevo sobre a importância do olhar atento, do olhar observador, investigador e da sensibilidade do professor, para com a pluralidade que compõem uma sala de aula, bem como as particularidades de cada aluno. 
   É fundamental aceitar os alunos como eles realmente são. 
 Hoje, percebo este aluno com uma característica singular, com uma individualidade que deve ser reconhecida, aceita e respeitada. Cabendo a escola e ao professor reconhecer seu papel de mediador para com todos os alunos, devendo esta mediação ser desprovida de preconceito, estigma e exclusão.
  Segundo Carvalho, Araújo (1998, p.44)
                                                              “[...] a escola precisa abandonar um modelo no qual se                                                                esperam alunos homogêneos, tratando como iguais os                                                                diferentes, e incorporar uma concepção que considere 
                                                         a diversidade tanto no âmbito do trabalho com os                                                                     conteúdos  escolares quanto no das relações interpessoais.” 







sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Meu Blog termina aqui...

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       Em 1º de abril de 2015, meu Blog iniciou assim:  Após um período de quase seis anos fora da sala de aula, aqui estou eu novamente, retomando o que parecia um sonho distante, concluir minha graduação em Pedagogia, e agora com um glamour a mais...na UFRGS.

      Este é um recomeço cheio de expectativas, dúvidas e reflexões, mas com a certeza de que haverá muita aprendizagem, troca de experiências e novas amizades.

  Hoje, 21 de fevereiro de 2019, termino meu Blog dizendo assim: Aprendizagem é troca, interação, acolhimento, transformação. E foi isto que o curso nos proporcionou ao longo dos semestres e através das interdisciplinas. Proporcionou um aprimoramento no nosso olhar nos tornando professores mais reflexivos e abertos as trocas, a interação, ao acolhimento e a transformação. Nos fazendo acreditar que só há aprendizagem se houver transformação/movimento. Neste sentido, posso dizer que fomos transformadas  e/ou movimentadas a olhar e a refletir sobre nossas práticas e nossos objetivos.
     Este movimento reflexivo sobre as práticas, com certeza foi nossa grande aprendizagem, não só como professores, mas também como alunos e principalmente como sujeitos atuantes e comprometidos com uma educação de qualidade e de direito para todos. 
    Alarcão (2005) conceitua o professor reflexivo, descrevendo-o como um profissional que necessita saber quem é e as razões pelas quais atua, conscientizando-se do lugar que ocupa na sociedade. A autora acrescenta ainda que “os professores têm de ser agentes ativos do seu próprio desenvolvimento e do funcionamento das escolas como organização ao serviço do grande projeto social que é a formação dos educandos” (ALARCÃO, 2005, p. 177).
    Para finalizar cito Freire (1996, p. 39), quando afirma que “é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. E é assim que encerro meu blog, como uma professora prática reflexiva, com olhar crítico e analítico, capaz de criar suas próprias ações, de administrar as complexidades e de resolver situações problemas por meio da integração entre a teoria e os conhecimentos práticos adquiridos.


 Referências
ALARCÃO, Isabel (Coord.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto: Porto Editora, 2005.
https://marialuizagoulartufrgs.blogspot.com/2015/04/apos-um-periodo-de-quase-seis-anos-fora.html#comment-form

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Reescrevendo sobre Literatura e suas Provocações...


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        Levando em consideração meu projeto de estágio, que teve como proposta a valorização ao hábito da leitura, não tinha como não reescrever sobre uma postagem de abril de 2016, intitulada como Literatura e suas Provocações... 
      Nela, descrevo a literatura como uma forma de expressar sentimentos e adquirir conhecimentos, onde através da leitura e suas provocações podemos ser, ter, sonhar e viajar para onde queremos conhecer, com liberdade de escolhas, com imaginação, oportunizando uma desacomodação e uma nova visão de mundo. E este, era um dos propósitos do projeto, uma nova visão de mundo, onde as famílias fossem participantes deste processo.
        Paulo Freire (2000) vê o ato de ler como uma forma de conhecer o mundo, afirmando que a leitura não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da língua escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. 
      Como sabemos, a participação da família tanto no incentivo ao hábito da leitura quanto a participação no processo de alfabetização, são fundamentais para o aprimoramento de aspectos sociais, cognitivos, linguísticos e criativos indispensáveis ao desenvolvimento da criança e ao futuro cidadão apto a ocupar seu espaço na sociedade e no mundo. Conforme Nunes, ler é mais que contar alguma coisa, é literalmente encantar. Ler é conhecer o mundo.
        As histórias estão presentes em nossa cultura há muito tempo e o hábito de contá-las e ouvi-las tem inúmeros significados. Está relacionado ao cuidado afetivo, à construção da identidade, ao desenvolvimento da imaginação, à capacidade de ouvir o outro e também de se expressar. Além disso, a leitura de histórias aproxima a criança do universo letrado e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais: a escrita (no caso a alfabetização).
      Neste sentido, posso dizer que através da literatura e do projeto de incentivo a leitura ("Maleta Viajante"), pude contribuir de alguma forma na construção do processo evolutivo das aprendizagens e no desenvolvimento das habilidades e competências dos alunos enquanto sujeitos em formação, mediando na construção do pensar e do agir com mais autonomia, dialogicidade e muita provocação.


Referências
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo, Cortez Ed., 2000
http://marialuizagoulartufrgs.blogspot.com/2016/04/literatura-e-suas-provocacoes.html#comment-form
http://peadestagio00258065.pbworks.com/w/page/130913316/Reflex%C3%A3o%2012

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Repensando a avaliação


    

     Revisitando meu Blog e relendo a postagem intitulada Ano Letivo X Avaliação de dezembro  de 2016, onde relato a necessidade da escola em atualizar o Regimento Escolar e por isso, muitas decisões precisaram ser refletidas, esclarecidas e definidas.                     Entretanto,  no momento de definir o tipo de avaliação, se adotaríamos notas,conceitos ou pareceres, uma grande polêmica e indecisão foi gerada. 
     Infelizmente, mesmo passados dois anos e após muitas reflexões e situações, hoje ainda predomina a prova com nota como ferramenta avaliativa. 
       Desde então, estamos em processo de reformulação do RE, muitas coisas foram construídas em prol da qualidade e da garantia dos direitos dos alunos e dos professores, com isto, aprendemos e tomamos consciência de vários norteadores que desconhecíamos e que são fundamentais para o desenvolvimento do espaço escolar. 
       Mas, quando abordamos a questão da avaliação, fica claro e evidente como alguns professores são conservadores e apegados a métodos excludentes e classificatórios de avaliação e de construção do conhecimento. Há uma dificuldade em compreender e enxergar que cada aluno é único em seu aprendizado e por isso precisa ter seu ritmo e suas escolhas respeitados.
      Mesmo assim, continuamos  lutando que avaliar nesta nova ética é perquirir o sentido da construção realizada, da consciência crítica, da autocrítica, do autoconhecimento, investindo na autonomia, autoria, protagonismo e emancipação dos sujeitos.
     Acreditando que o aluno constrói seu conhecimento a partir da interação com o meio, com o outro e com o objeto, embasado no diálogo e na reflexão. Segundo Freire (1991), “a partir do diálogo enfatiza-se a reflexão, a investigação crítica, a análise, a interpretação e a reorganização do conhecimento.”
    Por isso, continuo concordando e afirmando que a escola precisa ser um espaço de discussão, de permanente construção dos processos de conscientização, democratização, emancipação e de diálogo entre os envolvidos no ato educativo, sendo instância do processo de gestão democrática, compreendendo a avaliação escolar como um meio e não um fim em si mesma, pois, o ano letivo termina no final do ano mas a construção da aprendizagem é contínua.



Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 50. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
http://marialuizagoulartufrgs.blogspot.com/2016/12/ano-letivo-x-avaliacao.html

Repensando sobre o tempo no espaço escolar

         Revisitando meu Blog e reconsiderando minha escrita sobre o uso do tempo dentro das escolas, numa postagem de 20/12/2016, eis que passados dois anos e posso destacar que infelizmente, ainda vivenciamos nas escolas um tempo cronometrado, predeterminado, organizado e programado. Onde, o tempo da sala de aula continua sendo de cumprir com as obrigações, realizando atividades que contemplem os conteúdos programáticos a serem trabalhados e a carga horária de cada disciplina. 
         Continuo a afirmar este fato por experiência própria, pois este ano durante meu estágio, em uma aula planejada e executada com o jogo "Cubra o anterior, onde os alunos tinham que criar estratégias para superar as dificuldades que eu criei alterando um pouco as regras, e portanto, um planejamento que usou às 2 h de aula daquele dia. Eis que me deparo com a preocupação da professora titular, me questionando se eu estava registrando no caderno. Eu, inocentemente não entendi a sua real preocupação, e ainda me justifiquei, dizendo que eu pretendia fazer  os registros dos cálculos mentais e das estratégias de cálculos que estavam fazendo para prosseguir jogando, mas que devido a motivação e envolvimento dos alunos em prosseguir jogando eu não quis interromper o jogo parando para fazer os registros no caderno. 
     Entretanto, depois em conversa com o supervisor, entendi que a preocupação dela era em relação a eu ter passado as 2 h de aula somente jogando, sem ter feito nada de escrito para as crianças copiarem no caderno.
          Então me dei conta de que o que importava para ela era caderno cheio de cópias, de repetição, e que um jogo seria caderno vazio, perda de tempo.
         Neste sentido, continuo afirmando o que havia escrito em 2016: "Gostaria que nos tempos de hoje, pudéssemos vivenciar dentro dos espaços educacionais, “Um tempo para se pensar juntos, para decidir, coletivamente, o que fazer, como fazer, porque fazer [...] Um tempo [...], que podia ‘ser tempo de criação’ e não o que se vivia nos últimos anos [...] tempo de repetição” (SAMPAIO, 2002, p. 190)".
         Para isto, precisamos de mudanças. De acordo com o texto "QUESTÕES SOBRE O TEMPO NO ESPAÇO ESCOLAR", a mudança que se requer é no como vivenciamos, os tempos de aprendizagem e pedagógico independentemente do tempo de permanência que temos, alunos e alunas, professores e professoras, na escola. 

Referências
http://marialuizagoulartufrgs.blogspot.com/2016/12/tempo-no-espaco-escolar.html 
http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf, acessado em 18/02/2019
SAMPAIO, Carmem Sanches. Educação brasileira e(m) tempo integral. In: COELHO, Lígia Marta C. da Costa, CAVALIERE, Ana Maria (Orgs.). Alfabetização e os múltiplos tempos que se cruzam na escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 182-196.