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Em minha postagem inicial, em 21 de abril de 2017, descrevo a importância da prática reflexiva à formação docente.
Esta prática, é sem dúvida pra mim, a ação mais importante do fazer docente.
Para Nóvoa(2001), práticas reflexivas, não são inerentes à profissão docente: não são naturais, mas são inerentes: pois são essenciais para a profissão.
Neste sentido, é necessário criar um conjunto de condições, um conjunto de regras, um conjunto de lógicas de trabalho e, em particular, criar lógicas de trabalho coletivos dentro das escolas, a partir das quais - através da reflexão, através da troca de experiências, através da partilha - originar atitude reflexiva de parte dos professores.
Quando propomos alguma ação junto aos alunos, seja qual for a intencionalidade, estamos também propondo que a partir desta ação haja uma sucessão de reações. Estas reações, ou possibilidades de novas desacomodações, proporcionarão reflexões desafiadoras não só à nossa prática docente, como também a construção do conhecimento dos alunos e ao trabalho coletivo como um todo dentro da escola. Portanto, somos desafiados diariamente a sermos educadores reflexivos.
Entretanto, assim como os professores, a escola também precisa ser um espaço de contínua reflexão. Se pensarmos na escola como um espaço de formação social, cultural, profissional, ideológica e política, portanto, com a função primordial na educação e na formação do homem para o exercício da cidadania, precisamos fazer com que a escola seja respeitada e comprometida com todos os envolvidos no processo educacional. E, para que isto aconteça, é necessário que a organização da escola precisa ser repensada como um espaço de participação, de diálogo, de reconstrução, de experimentação, de investigação, de formação, de ação e reflexão.
Para Dewey (1979), pensamento reflexivo constitui um princípio educativo e, da mesma forma,
um princípio da vida democrática.
Para o autor, a prática reflexiva como reconstrução
criativa deve orientar o agir pedagógico em diversas dimensões das quais
podemos destacar as seguintes: o âmbito da moral e da ética, da epistemologia
ou lógica do pensar, da política e da estética.
De acordo com Alarcão (2005, p. 177),
“os professores têm de ser agentes ativos do seu próprio desenvolvimento e do
funcionamento das escolas como organização ao serviço do grande projeto social
que é a formação dos educandos”.
Neste sentido, é importante ressaltar que a melhoria do ensino
e suas bases estão assentadas na formação dos professores, pois, são
eles os responsáveis pela ação educativa e pelo desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem. É preciso que se forme o professor por meio da prática
reflexiva tendo como objetivo essencial a consolidação da autonomia
profissional, que saiba agir com inteligência e flexibilidade, buscando
construir e reconstruir conhecimentos.
ALARCÃO, Isabel (Coord.). Formação reflexiva de professores:
estratégias de supervisão. Porto: Porto Editora, 2005.
DEWEY, John. Como pensamos como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo: uma reexposição. Trad. Haydée Camargo Campos. 4.ed. São Paulo: Nacional, 1979a. Atualidades pedagógicas; vol. 2. 292 p
https://pt.slideshare.net/AdrianaGalhardi/oficinas-a-prtica-refelxiva-no-ensino-mdio
http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/conteudo-2008-2/2SF/Lia/Escola%20Reflexiva%20e%20nova%20racionalidade.pdf
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