terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Repensando a avaliação


    

     Revisitando meu Blog e relendo a postagem intitulada Ano Letivo X Avaliação de dezembro  de 2016, onde relato a necessidade da escola em atualizar o Regimento Escolar e por isso, muitas decisões precisaram ser refletidas, esclarecidas e definidas.                     Entretanto,  no momento de definir o tipo de avaliação, se adotaríamos notas,conceitos ou pareceres, uma grande polêmica e indecisão foi gerada. 
     Infelizmente, mesmo passados dois anos e após muitas reflexões e situações, hoje ainda predomina a prova com nota como ferramenta avaliativa. 
       Desde então, estamos em processo de reformulação do RE, muitas coisas foram construídas em prol da qualidade e da garantia dos direitos dos alunos e dos professores, com isto, aprendemos e tomamos consciência de vários norteadores que desconhecíamos e que são fundamentais para o desenvolvimento do espaço escolar. 
       Mas, quando abordamos a questão da avaliação, fica claro e evidente como alguns professores são conservadores e apegados a métodos excludentes e classificatórios de avaliação e de construção do conhecimento. Há uma dificuldade em compreender e enxergar que cada aluno é único em seu aprendizado e por isso precisa ter seu ritmo e suas escolhas respeitados.
      Mesmo assim, continuamos  lutando que avaliar nesta nova ética é perquirir o sentido da construção realizada, da consciência crítica, da autocrítica, do autoconhecimento, investindo na autonomia, autoria, protagonismo e emancipação dos sujeitos.
     Acreditando que o aluno constrói seu conhecimento a partir da interação com o meio, com o outro e com o objeto, embasado no diálogo e na reflexão. Segundo Freire (1991), “a partir do diálogo enfatiza-se a reflexão, a investigação crítica, a análise, a interpretação e a reorganização do conhecimento.”
    Por isso, continuo concordando e afirmando que a escola precisa ser um espaço de discussão, de permanente construção dos processos de conscientização, democratização, emancipação e de diálogo entre os envolvidos no ato educativo, sendo instância do processo de gestão democrática, compreendendo a avaliação escolar como um meio e não um fim em si mesma, pois, o ano letivo termina no final do ano mas a construção da aprendizagem é contínua.



Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 50. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
http://marialuizagoulartufrgs.blogspot.com/2016/12/ano-letivo-x-avaliacao.html

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