sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Compartilhando...


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      Nossa aula presencial, em que foram apresentados os vídeos com a aplicação do método clínico, além de muito significativa pela troca de experiências, foi também muito tranquilizadora.
       Tranquilizadora no sentido de que, a mesma dificuldade e insegurança que percebi ao realizar a prova, foram também percebidas pelas minhas colegas.
       Digo isto, porque muitas vezes ao realizar uma atividade, enfrentamos dificuldades que na maioria das vezes pensamos ser só nossas. Entretanto, num momento rico como esse, onde as experiências e as aprendizagens são compartilhadas, percebemos que as angústias, os medos, as dúvidas e as dificuldades, se fazem presentes em todos os envolvidos neste processo de construção dos conhecimentos, porém, com intensidades diferentes.
       Nesse sentido, de uma certa maneira, essa percepção de todos os sentimentos, nos faz sentir um certo alívio em perceber que não estamos sozinhos. 
       De acordo com o texto de Denise Rocha Pereira, "Reflexões sobre o Método Clínico-Crítico Piagetiano: Teoria e Prática", "a introdução do método clínico-crítico pra os espaços escolares traria grandes contribuições às adequações metodológicas". 
       Pensando nesse sentido, podemos dizer que as aulas presenciais onde as experiências são compartilhadas, são também, espaços de grandes contribuições às adequações metodológicas às nossas práticas de aprendizagens e às práticas de docência.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Emocionante...

                       Resenha do filme
       O filme "Como estrelas na terra", se passa na Índia e teve seu lançamento em 2007. Ele conta a história de um menino de aproximadamente nove anos, que cursa a terceira série do ensino fundamental e que apresenta um quadro de dislexia que não é identificado pela família e nem pela escola, o que gera uma situação de discriminação, bloqueio, insegurança e sofrimento por parte da criança. Com isso, ele acaba sendo rotulado de preguiçoso e indisciplinado pelo fato de não conseguir acompanhar os estudos e a turma, sendo vítima do despreparo da família e dos professores da escola.
       O filme é maravilhoso, mexe com nossos sentimentos e nos faz refletir sobre vários aspectos levantados pelo próprio professor como: o direito a educação é para todos; no mundo todas as crianças não importa o problema que tenham, estudam juntas; precisamos considerar que cada criança tem capacidades e habilidades únicas; toda criança tem seu talento...
Nesse sentido, o filme nos reforça sobre aspectos que estamos acostumados a ouvir e/ou a ler e que concordamos e acreditamos, entretanto, ainda hoje, quando vamos para dentro dos espaços escolares, as situações cotidianas que presenciamos nos mostram um despreparo, uma falta de sensibilidade e uma falta de importância ao lidar com alunos com necessidades educacionais especiais.  
       De acordo com o filme, "Importar-se é essencial, tem poder de curar feridas, é um bálsamo para a dor. A criança se sente querida, segura, amada, onde tudo o que ela precisa é de uma chance ou ela se perderá.
       Esta cena do filme, me remeteu a um aluno da minha escola, um aluno do quinto ano, um aluno que não fala, que não interage, que não reage, um aluno que fica inerte. Digo isto, porque outro dia, substituindo uma professora, passei dois períodos com a turma e esta situação mexeu muito comigo, me incomodou, me preocupou.
       Tentei conversar, tentei ajudar, tentei fazer contato, porém, nada de resultado, ficou o tempo todo sem falar nada, sem ação ou reação, só mexia os olhinhos para baixo e para cima. Saí da sala chocada e muito preocupada com o que presenciei. Cheguei na direção e relatei a situação, então, me responderam que a mãe já havia sido chamada e que a mesma falou que em casa ele conversava, que brincava com os irmãos, que é tudo normal, inclusive levou um vídeo dele conversando e brincando. Mas não me convenci e então eu questionei que algo estava errado, que não era normal uma criança da idade dele ficar alheio a tudo à sua volta, que não era normal uma criança desta idade não brincar, não conversar com os colegas e que a escola deveria tomar alguma atitude, que era preciso investigar, fazer alguns encaminhamentos, sei lá, só sei que era preciso ajudar aquela criança de alguma forma. Pois, na minha opinião ela estava em sofrimento. Como disse o próprio professor do filme, "seus olhos berram por socorro, não deixemos perder essas pequenas estrelas na terra, tudo o que precisam é de uma chance ou se perderão".
       Portanto, assim como no filme, a situação deste aluno da minha escola nos faz perceber e nos leva a refletir, sobre a importância do olhar atento, do olhar observador, investigador e da sensibilidade para com a pluralidade que compõem uma sala de aula, bem como as particularidades de cada aluno. 
       Porém, somente identificar o problema não é o suficiente, pois em muitas situações é necessário e indispensável um tratamento diferenciado com encaminhamentos à especialistas e em consonância com todo corpo docente e familiares, a fim de propiciar à criança um desenvolvimento mais significativo e com a devida importância que merece receber.











    

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Avaliando...


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       Durante esta semana, foram realizados os conselhos de classe das turmas. Este, é um dos momentos de reflexão e análise sobre o processo de ensino-aprendizagem em relação aos alunos e as práticas pedagógicas e metodológicas da escola enquanto espaço de construção do conhecimento.
       Em relação a avaliação, acredito que ela deva ser contínua, formativa e emancipatória, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, e assim buscar caminhos para melhorar a aprendizagem.
      Entretanto, num desses dias e com um período livre na substituição dos professores em conselho, fiquei na sala dos professores enquanto acontecia o conselho da turma do 9º ano, onde vim a presenciar uma discussão a respeito da possível reprovação de um aluno. Naquele momento, todos relatavam considerar o aluno com uma boa aprendizagem e muito capaz, porém, reclamavam que ele não realizava as atividades e trabalhos solicitados, tampouco demonstrava interesse em fazê-las.
      Isto me incomodou,e como sempre, não pude deixar de dar a minha opinião, pois eu considerei uma atitude punitiva, onde estavam se atendo ao comportamento do aluno e classificando-o como se ele fosse sempre do mesmo jeito, com hábitos imutáveis e, o mais importante, incapaz de se transformar.
      Porém pareciam irredutíveis e incapazes de aceitar uma opinião contrária, acabando por decidir que a aprovação dependeria da nota do provão final.
      Infelizmente, para muitos professores, ainda vale somente o ensinar e o resultado simultâneo desta "ensinagem". Não percebendo, que hoje, a ênfase está no aprender. Isso significa uma mudança em quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividade e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma.  Onde, em vez de despejar conteúdos em frente à classe, ele agora pauta seu trabalho no jeito de fazer das crianças e adolescentes, desenvolvendo formas de aplicar esse conhecimento no dia-a-dia. 
      Nesse sentido, no lugar de apenas provas, o professor utiliza a observação diária e multidimensional e instrumentos variados, escolhidos de acordo com cada objetivo e as necessidades e/ou especificidades dos alunos, entendendo a  avaliação formativa, enquanto processo, e não como pressuposto a punição ou premiação. Portanto, prevendo e considerando, que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. 
      Nesta perspectiva, segundo LIBANEO:

                              A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho                                        docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e                                          aprendizagem. Através dela os resultados que vão sendo obtidos no                                              decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são                                                        comparados com os objetivos propostos a fim de constatar progressos,                                        dificuldades, e reorientar o trabalho para as correções necessárias                                                                                                 (LIBANEO, 1994, p.195).

     

https://novaescola.org.br/conteudo/395/avaliar-para-ensinar-melhor

domingo, 26 de novembro de 2017

Mudanças & Transformações

     
  Todas as mudanças, "a priori" devem gerar transformações, e na escola não é diferente.
  Muitas vezes, devido a correria do dia a dia na escola, não nos damos conta da necessidade da transformação no processo de ensino-aprendizagem.
 Infelizmente, para que estas transformações ocorram, é necessário que haja mudanças no perfil dos profissionais, e estas mudanças quase sempre se dão, com a saída de alguns e a chegada de outros. Outros estes, que chegam cheios de energia, de ideias, de saberes, de comprometimento com uma educação interdisciplinar crítica/reflexiva e transformadora. 
     Digo isto por experiência própria, não querendo desmerecer ninguém.               Entretanto, transformar algo que parece estar enraizado, acomodado, não é nada fácil, a não ser quando efetivas mudanças acontecem. 
      Nesse sentido, posso dizer que na minha escola, mudanças aconteceram e com elas transformações positivas começaram a surgir. Pois, a partir delas, surgiram professores que "gostam do que fazem e fazem com prazer, com amor. Sabem que aprender é uma aventura criadora, é construção, é reconstrução é mudança, é transformação. Sabem que a prática educativa leva a um saber geral e a vários saberes especiais que estão ligados a prática docente, isso, leva a interdisciplinaridade, leva a confluência de vários conhecimentos em prol da melhoria da aprendizagem, aprendendo a conhecer as relações e os significados existentes das diferentes disciplinas; aprendendo a fazer criativamente; vivendo em conjunto numa atitude trans-cultural, trans-religiosa, trans-política e transnacional; e aprendendo a ser com espírito científico num eterno aprendizado, pois sua formação é transpessoal."
     Como exemplo destas transformações, cito a Feira Interdisciplinar, que aconteceu sexta-feira passada (24/11) na escola, onde pela primeira vez, desde que estou lá, vejo professores envolvidos, trabalhando em horários que não são seus, professores promovendo atividades criativas que priorizam a efetiva participação e valorização dos alunos, professores que tem um novo olhar sobre a educação, professores que fazem com que a "educação deva buscar todas as dimensões do ser humano, devendo promover um desequilíbrio nos sistemas existentes, acelerando uma nova visão de mundo. Esta nova visão objetiva engajar estudantes a endereçar os problemas da vida real. O aluno passa a ter um papel ativo fundamental na geração e compartilhamento do conhecimento.
      Nesse sentido, a prática reflexiva se faz necessária e deve estar baseada nas competências profissionais, onde, para melhorar a qualidade do ensino é preciso conhecer e avaliar a intervenção pedagógica dos professores. Tanto os processos de aprendizagem como os de ensino são um meio para ajudar os alunos em seu crescimento e, é um instrumento que permite ao professor melhorar sua atuação em sala de aula. (ZABALA,1998)
     Portanto, uma atitude reflexiva permanente possibilita uma análise mais complexa do oficio de profissional da educação, onde estabelecer uma relação critica com o saber é essencial para a construção da identidade de formador competente.

                                                        

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http://www.ufrrj.br/leptrans/arquivos/educador.pdf
https://pt.linkedin.com/pulse/diferen%C3%A7a-entretransi%C3%A7%C3%A3o-e-mudan%C3%A7a-vera-l%C3%BAcia-de-castro
https://gutennews.com.br/blog/2016/09/20/as-transformacoes-na-educacao/
http://universidadebrasil.edu.br/portal/a-formacao-do-professor-a-pratica-reflexiva-e-o-desenvolvimento-de-competencias-para-ensinar/

sábado, 25 de novembro de 2017

Protagonismo

        Hoje, foi um dia muito especial para nossa escola e nossos alunos. Foi o dia de participar do 3º FECEA (Festival de Cinema de Alvorada), e receber o reconhecimento pelo Projeto Primeira Tela, desenvolvido pelo colega Prof. Adailton Moreira, na EMEF Leonel de Moura Brizola. 
       O projeto desenvolve a Educação e Linguagem Cinematográfica, com o tema Construindo Sonhos, Cognição e Protagonismo Juvenil, oportunizando aos alunos a criação de filmes de pequena duração, conhecidos por curtas.
       Nossa escola concorreu aos prêmios com a participação do curta Anne, filme criado e editado pelos alunos com o empenho e dedicação do professor Adailton, que mesmo diante de todas as dificuldades  enfrentadas, tais como: falta de recursos, espaço físico, material e muitas vezes de tempo, nunca desanimou, sempre se mantendo perseverante e acreditando no potencial da gurizada.
       E hoje, graças a sua garra e coragem em acreditar que um dos grandes desafios dos educadores é penetrar no mundo real dos alunos, que nossa escola através do projeto e do filme Anne, recebeu dois prêmios disputados em duas categorias e isso acontece quando o aluno consegue acreditar no trabalho que os mesmos realizam na co-autoria de seus fazeres. 
       E foi através desse acreditar que o saber não chega sem a procura, e que os docentes precisam se conscientizar de que o fazer pedagógico só tem eficiência quando mudamos nossa prática educativa buscando atender as necessidades reais e urgentes dos nossos alunos, que este projeto obteve reconhecimento e atingiu seu objetivo maior, o protagonismo dos nossos alunos.
       Segundo FREIRE (1996, p.45) “o que importa, na formação docente, não é a repetição mecânica do gesto, este ou aquele, mas a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança a ser superada pela segurança do medo que, ao ser educado, vai gerando a coragem”. A coragem do uso social do conhecimento como mecanismo de (re)construção do meio e dos pensamentos que fazem emergir uma sociedade diferente, fomentadora das necessidades mais urgentes de seus partícipes. 
       Portanto, hoje, posso dizer com muito orgulho que esta premiação é marco de superação e coragem na re(construção) da autoestima e da fomentação de promoção expressiva dos alunos, na perspectiva de favorecer o surgimento de atores autônomos, críticos e criativos na sociedade local e planetária.










Fonte:http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/importancia-fazer-pedagogico-processo-aprendizagem.htm 

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Inclusão???

                          Resultado de imagem para imagem que demonstre a inclusão escolar

           Com tantos marcos legais, leis e diretrizes curriculares, é difícil pensar que nos dias de hoje, alunos de inclusão ainda não tenham garantidos seus direitos mínimos dentro da sala de aula, como por exemplo, o uso do currículo adaptado com proposta de atividades e intervenções adequadas as suas necessidades e especificidades.
       Este, é um direito do aluno e um dever da escola, de promover oportunidades de aprendizagem e socialização adequadas ao pleno desenvolvimento  das suas habilidades e competências.
       Ao observar e refletir fico me questionando, se isso é só falta de informação ou é falta de boa vontade mesmo. Boa vontade em buscar estas informações e de buscar subsídios na tentativa de melhor incluir estes alunos.
       Entretanto, é lamentável e injusto pensar que estes alunos ficam "largados e esquecidos" (por conta da vontade alheia) dentro das salas, sem estímulos e sem serem vistos como sujeitos que tem direito à aprendizagem, a socialização e a inclusão dentro destes espaços.
       Porém, é necessário que o sistema educacional seja reestruturado e que a escola desenvolva um trabalho pedagógico integrador, com qualificação dos professores, além de apoio e valorização do seu trabalho, mostrando que a escola pode ser de fato um espaço apropriado e com condições adequadas à inclusão.

domingo, 5 de novembro de 2017

                                 Resultado de imagem para imagens que demonstram reflexão em desenho
       Algumas de minhas postagens e até mesmo situações diárias dentro da escola, muitas vezes me provocam reflexões e me deixam dúvidas a respeito dos papéis e/ou funções da coordenação e da supervisão.
       Acredito que isto ocorra não por que eu desconheça essas atribuições, mas por haver habitualmente uma distorção dentro dos espaços escolares.
       Entretanto, após ler uma reportagem da revista Nova Escola sobre gestão escolar, pude perceber que em muitas escolas, como a minha por exemplo, há uma mistura e/ou uma sobrecarga em algumas ações do coordenador, o que acaba ocasionando um distanciamento das suas atividades relacionadas a parte pedagógica em função das burocráticas.
       Esta, é uma questão que necessita de reflexão e apropriação por parte da equipe diretiva como um todo, através de reflexões como: qual é o papel da coordenação na escola? o que a equipe e o grupo de professores esperam desse trabalho? o que a coordenação pode fazer para melhorar a articulação do processo educacional? que ações podem ser promovidas pela coordenação para que haja melhorias do ensino e da aprendizagem na sala de aula? 
       É a partir das reuniões pedagógicas que o coordenador juntamente com a equipe diretiva, precisam estabelecer parcerias com os docentes, transformando a escola em um espaço de conhecimento por meio da formação permanente.
       Neste sentido, cito uma frase da reportagem que diz: "Algumas tarefas administrativas podem fazer parte da rotina, contanto que sejam planejadas e não atrapalhem os momentos formativos", pois, compartilho desta ideia e também acredito que, são estes momentos que se fazem necessários ao desabrochar do pensamento reflexivo, onde, “gerir uma escola reflexiva” discute a organização da escola com o objetivo de criar condições de reflexibilidade individuais e coletivas e de requalificação profissional e institucional.

                               "O pensamento reflexivo é uma capacidade, como tal não desabrocha                                            espontaneamente, mas pode se desenvolver-se. 
                           Para isso tem de ser cultivado e requer condições 
                          favoráveis para o seu desabrochar,"                                                                                                             ( ALARCÃO,1996,P.9)

Fonte:
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1527/como-conciliar-as-tarefas-burocraticas-com-as-acoes-formativas?utm_source=tag_gestaoescolar&utm_medium=facebook&utm_campaign=mat%C3%A9ria&utm_content=link 
http://professoraltairdopsol.blogspot.com.br/2009/12/professores-reflexivos-em-uma-escola.html

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Sobre olhares

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          Gostaria de ter feito esta postagem ontem, mas como não foi possível, venho hoje relatar uma experiência e uma oportunidade maravilhosa em que minha escola foi contemplada.
       Ontem, em pleno domingo fomos participar e prestigiar um abençoado evento promovido pela Rede do Bem em prol dos alunos e da comunidade do Sítio dos Açudes ( bairro em que minha escola está localizada), em Alvorada.
       Este, é um bairro muito carente em todos os sentidos, pois nele só existe a escola, e é só com ela que a comunidade pode contar.
       Já relatei em outras postagens, o descaso do poder público em se fazer presente neste bairro. 
       Lá, há uma cultura própria caracterizada pela baixa autoestima, acomodação e falta perspectiva em relação a qualidade de vida e direitos.
       Não estou sendo pessimista, estou sendo realista, pois esta é a realidade deles, que vai passando de "pai pra filho", como se não houvesse outra alternativa ou outra opção.
       Então, diante desta situação, qualquer atividade solidária, é muito bem vindo e necessária.
       Por isso, diante da oferta da Rede do Bem, que é um grupo de voluntários que todo último domingo do mês realiza uma ação solidária voluntária, levando as escolas da rede de Alvorada, muita diversão, alegria, carinho, brincadeiras, lanches e prestação de serviços, não tínhamos como não querer participar desta maravilhosa ação em pleno domingo.

                                "É tarefa exclusiva da educação estética estimular o                                                                      desenvolvimento de necessidades e interesses que                                                                      promovam a busca do valor estético e a formação do                                                                  sentimento, do ideal e do gosto"(ESTÉVEZ, 2009, p.11).

       Então, em quanto tudo acontecia, eu observava as carinhas e os olhares de encantamento e euforia. Afinal, eram tantas as possibilidades de diversão, de lanches e de interação com o outro, com a vida e com a possibilidade de de um "outro mundo".
                                 "Na verdade se tudo na vida são trocas e interações, conosco mesmo,
                                         com nosso outros, com a vida e com o mundo, se tudo são diálogos                                             contínuos, múltiplos e crescentes, então na verdade conhecemos e                                               compreendemos algo quando fazemos parte dos círculos de vida
                                         e de saber em que "aquilo" é compreendido.
                                                               Carlos Rodrigues Brandão (2005 b, p. 91)

       Por tudo isso, a palavra que descreve este domingo é gratidão. Obrigada a Rede do Bem, por levar um pouquinho de vida e de mundo à nossa comunidade.

                              A imagem pode conter: 28 pessoas, pessoas sorrindo, atividades ao ar livre

ESTÉVEZ, Pablo René. A Alternativa Estética na Educação. Rio Grande: Ed. da UFRGS, 2009.
_____________________.  Aqui é onde eu mor, aqui nós vivemos: escritos para conhecer, pensar e praticar o município educador sustentável. 2 ed. Brasília: Ministérios do Meio Ambiente, Programa Nacional de Educação Ambiental, 2005 a. 
                                           

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Bullying

      Não pude deixar de compartilhar esta reportagem que foi publicada dia 21/10, relatando a tragédia ocorrida numa escola em Goiás, onde um menino de 14 anos atirou contra colegas do oitavo ano, em uma ação desesperada e tomada por impulso, após ter sido alvo de um forte de bullying. 
     De acordo com minhas postagens na página do Pbworks, onde procuro diferenciar ou associar as principais características e diferenças entre preconceito e bullying, assim como suas implicações, compartilho das palavras do professor José Leon Crochik, que coordena o Laboratório de Estudos sobre o Preconceito (LAEP) do Instituto de Psicologia da USP, que descreve o termo bullying para definir a prática, individual ou em grupo, de agressões físicas e psicológicas, durante um período de tempo, sobre vítimas consideradas mais fracas em uma relação de poder e que, portanto, não são capazes de reagir suficientemente para fazer cessar a agressão.
     Entretanto, o resultado desta ação desesperada, foi a mais violenta possível de se imaginar, onde a reação da suposta vítima de bullying chegou ao máximo da sua dor, fazendo com que fosse capaz de reagir violentamente para cessar a agressão.
      Dados de uma pesquisa empírica coordenada por Crochik entre os anos de 2011 e 2014 em oito escolas de São Paulo demonstram que, as razões que levam os indivíduos a praticarem o bullying não tem relação com medos e inseguranças pessoais projetadas no alvo, mas sim com uma necessidade narcisista de se destacar, dominando e destruindo o outro.
     O bullying, não tem um alvo específico, “torna-se vítima quem estiver à disposição para poder ser destruído, para poder ter sua vontade dominada pelo agressor, apresentando uma natureza menos racional. A ideia é poder humilhar e destruir”, afirma o pesquisador.
     São duas situações complexas, onde  tanto a vítima quanto o agressor necessitam de um olhar específico e de uma intervenção pedagógica e/ou psicológica, procurando entender e reverter as motivações que levam a esta prática.
     Levando em conta que a escola tem papel fundamental e indispensável nesse sentido, já que é um espaço no qual os estudantes passam boa parte do seu tempo, e que, de certa forma, é uma minirrepresentação da sociedade em que vivemos, casos de desrespeito não devem ser tolerados e, para tal, não bastam unicamente punições, mas um trabalho anterior de desconstrução de valores, sendo fundamental entender que esse comportamento é grave, e que é  preciso a atenção da família e da escola, onde a parceria educadores, coordenadores, direção e familiares possam discutir de forma aberta promovendo muito diálogo entre todos os atores e que o projeto de vida e protagonismo de cada criança e jovem seja valorizado.

                                                                          “A criança é um sujeito ativo que deve ser escutado.                                                                                                                                                              Temos que tentar a todo custo assegurar essa escuta”
                                                                                                            Iride Sassi / Reggio Emilia
                                                                                                                                                                                                                                  

      
Fontes:
http://sipeadturmab6.pbworks.com/w/page/119979186/Maria%20Luiza%20Goulart

http://br.blastingnews.com/brasil/2017/10/mae-de-vitima-de-atirador-se-desespera-apos-revelacao-nao-julgue-nosso-filho-002110011.html?sbdht=_TuxHQ-gdOLtY14bSIXP9u1_tz0o4od6YFtn5y8-cz7mMhk28BBuH5aKePRZAwnkL0_

http://porvir.org/a-crianca-e-um-sujeito-ativo-deve-ser-escutada/

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Refletindo sobre Ética

                            Imagem relacionada  

       Após algumas leituras e da aula presencial de Filosofia da Educação, onde foi proposta uma reflexão acerca do texto "Formação e atuação dos professores: dos seus fundamentos éticos", do autor Antônio Joaquim Severino, pude pensar e repensar sobre as práticas da eticidade dentro do espaço escolar.  Digo isso, devido algumas situações ocorridas na minha escola e que necessitaram de práticas interventivas, mas que infelizmente, de acordo com minha reflexão e opinião, atingiram a identidade e a dignidade dos alunos enquanto "sujeitos" que estão em pleno processo de formação. 

       Faço uso das frases do texto para justificar minha reflexão, por concordar com a autora quando diz:"a educação é uma modalidade de atuação intrinsecamente relacionada à existência do outro, é uma prática, que pressupõe uma intervenção sistemática  na condição do outro, onde a ação do educador, à prática educativa, demanda todo um fundamentado cuidado ético. Não se desenvolve essa sensibilidade ética só por imitação, osmose ou transversalidade, mas, por mediações pedagógicas que demandam ações qualificadas que pressupõem e envolvam necessariamente o exercício de reflexão sistemática. Onde, o que está em pauta é um processo de formação que jamais se reduz ao processo de instrução".

       Alguns professores parecem esquecer que "a educação não é apenas um processo institucional e instrucional, seu lado mais visível, mas fundamentalmente um investimento formativo do humano, onde a interação docente é mediação universal e insubstituível dessa formação".

       Portanto, para auxiliar na reflexão  sobre os tipos de relação presentes na vida dos alunos que podem disparar episódios de conflitos e, assim, comprometer o ambiente respeitoso e construtivo que almejamos, compartilho a matéria sobre convivência ética da revista digital nova escola.

               Os tipos de relação que prejudicam a convivência na escola

       A equipe escolar deve sempre estar atenta para inspirar nos alunos condutas éticas e respeitosas. 
       Quanto mais estudamos sobre a convivência ética mais nos deparamos com desafios para torná-la uma realidade! Apesar disso, a oportunidade de estarmos na escola enquanto nos aprofundamos nos estudos nos permite reconhecer na instituição os aspectos sobre os quais podemos intervir.
       Em um encontro recente para discutir a questão da indisciplina, realizado com as equipes das escolas nas quais estamos implantando o plano de convivência, o professor Joe Garcia, da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), levantou a reflexão sobre os tipos de relação presentes na vida dos alunos que podem disparar episódios de conflitos e, assim, comprometer o ambiente respeitoso e construtivo que almejamos.
       Os problemas de convivência estão fortemente relacionados a uma tríade composta por: relações depreciativas, relações inconsistentes e relações coercitivas. Embora elas estejam frequentemente presentes na vida familiar de nossos alunos, é nosso dever pensar sobre o tema no âmbito escolar. Então, vamos a elas:
       As depreciativas dizem respeito à maneira como os alunos tratam e são tratados pelas pessoas com quem convivem. Costumamos perceber isso pelo uso regular e banalizado que os estudantes fazem de expressões grosseiras e desrespeitosas. É importante estarmos atentos, no entanto, para o fato de que esse tipo de relação também se dá entre os estudantes e os adultos da escola, justamente aqueles que devem inspirar condutas éticas e respeitosas. Com frequência vemos os adultos/as autoridades protagonizando episódios em que expressam desdém e rebaixamento.
       Já as inconsistentes demonstram a incoerência entre discurso e prática, ou seja, a divergência de postura dos diferentes agentes da escola. Os alunos são altamente sensíveis a isso e reconhecem nas incoerências a oportunidade para transgredirem, desrespeitarem e, até mesmo, boicotarem o trabalho da instituição. Sabemos que não há uniformidade total entre ideias, mas os princípios do trabalho formativo – respeito, justiça, cooperação etc. – devem nortear as condutas porque são eles que vão minimizar o contraste trazido por essas relações.
       Por fim, as coercitivas são aquelas pautadas pela imposição. Essa relação pode ser identificada entre um adulto e um aluno ou entre pares e inclui tanto ameaças de punição, como propostas de recompensas – de maneira que sempre se faz uso de reguladores externos para controlar a situação. É comum, portanto, expressões como: “Se você fizer (ou não fizer)…”, “Quando você parar…”, “Já falei, pare de …”, “Faça…”, “Entregue…” etc.
       Torna-se necessário, então, reconhecer o distanciamento que cada uma dessas relações provoca no trabalho voltado para a construção da autonomia. Afinal, nelas estão presentes mecanismos que impedem o aluno de refletir e tomar consciência daquilo que é preciso na manutenção da convivência respeitosa e justa. Ao mesmo tempo, elas impulsionam posturas movidas por questões individuais, como atitudes de defesa ou ataque ou impulsionadas por interesse, quando se tem um ganho ou para escapar de uma punição. Outra consequência é a não conservação dos valores necessários à convivência e que se adequem aos diferentes espaços.
       O que vocês podem estar pensando agora é que “tudo isso é muito óbvio!”. Sim, é óbvio que tais relações não nos auxiliam em nosso objetivo maior de formação e desenvolvimento do ser humano. Mas nem tudo o que é óbvio é fácil de ser colocado em prática. Está aqui o nosso desafio.

Fonte:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2192199/mod_resource/content/1/texto%20forma%C3%A7%C3%A3o%20e%20atua%C3%A7%C3%A3o%20dos%20professores.pdf

https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1024/os-tipos-de-relacao-que-prejudicam-a-convivencia-na-escola?utm_source=tag_gestaoescolar&utm_medium=facebook&utm_campaign=site&utm_content=link

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Coletivismo

                                     Resultado de imagem para imagem de trabalho em grupo       
       De acordo com a Wikepédia, coletivismo é uma perspectiva filosófica, política, religiosa, econômica ou social que enfatiza a interdependência de todos os seres humanos. É um elemento cultural básico da natureza humana que existe como o inverso do individualismo.
       Através da interdisciplina de Filosofia e da leitura dos textos que abordam a temática da ética, principalmente no ambiente escolar, pude realizar uma reflexão acerca do exercício das ações interpessoais e perceber que ética está diretamente relacionada ao agir em função do coletivo, ao agir pensando no bem da coletividade.
       Conforme o texto, "Formação e atuação dos professores: dos seus fundamentos éticos", a ação do educador e a prática educativa, demandam todo um fundamento cuidado ético, pois, a educação é uma modalidade de ação intrinsecamente relacionada à existência do outro.
Para se trabalhar e desenvolver a ética dentro do espaço escolar, é necessário formação profissional para uma mediação pedagógica, onde todos os envolvidos no processo educacional possam incorporar a preocupação e a atitude ética, como habituais no seu agir cotidiano.
       Entretanto, para que esta mediação pedagógica possa desenvolver uma sensibilização ética, estética e política, é preciso envolver a todos num exercício de reflexão sistematicamente reduzido, compreendendo  como um processo de formação que jamais se reduz ao processo de instrução.
       Hoje, depois de uma aula rica de muitas reflexões e trocas proporcionada pelas professoras da interdisciplina de Filosofia, pude perceber participando da nossa reunião pedagógica, como o agir ético, estético e político é difícil dentro de um espaço coletivo de trabalho.
       Parece que as pessoas ainda não se deram conta deste agir ético que precisa ser "fundamentado na exigência de não se ferir a dignidade pessoal dos outros sujeitos quando interpelados pela minha ação." 
       Mas, como diz o autor, é um processo de formação. Portanto, graças ao curso e suas reflexões, nós, alunas do PEAD e professoras, estamos no caminho.


                                "É necessário cuidar da ética para não anestesiarmos a nossa                                          consciência e começarmos a achar que tudo é normal."   
                                                                                                                          Mario Sergio Cortella


Fontes:
http://providersolutions.com.br/etica-adaptado-do-livro-qual-e-a-tua-obra-de-mario-sergio-cortella/
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2192199/mod_resource/content/1/texto%20forma%C3%A7%C3%A3o%20e%20atua%C3%A7%C3%A3o%20dos%20professores.pdf

domingo, 24 de setembro de 2017

Copiar e Repetir...


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       Esta semana em conversa com uma colega, estava a falar sobre o modelo pedagógico  predominante nas salas de aula da nossa escola. Nossa conversa era exatamente sobre como nossos alunos estão acostumados a só copiar, a só repetir. Digo só, porque este hábito gerou uma acomodação e um desinteresse por parte dos alunos em interagir, indagar, refletir sobre os assuntos trabalhados. 
       Pra minha surpresa, hoje, após assistir o vídeo do Fernando Becker, "Escola-mais laboratório e menos auditório", me deparo com uma fala que vai ao encontro da minha reflexão, que explica exatamente como estou percebendo a necessidade de uma mudança urgente no modo de ver e fazer dos professores e da escola.
       Como diz o próprio Becker, precisamos mudar as ações, os verbos. Precisamos deixar de incentivar à prática do "copiar e repetir", limitando os alunos e condenando-os talvez, ao fracasso escolar. Precisamos proporcionar às práticas que estimulem a reflexão, a compreensão, a interpretação, o questionamento, a formulação, a transformação, a opinião, enfim, usar de todos os verbos que estimulem a construção e o desenvolvimento significativo do sujeito, enquanto aluno e cidadão, com todas as suas potencialidades e especificidades.
                                   Resultado de imagem para paulo freire frases

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Discriminação e/ou Preconceito

       
                                 Resultado de imagem para frase que retrate os direitos das crianças
       Na página do pbworks em que estamos trabalhando, realizei uma postagem descrevendo uma situação ocorrida com alunos dentro da escola, em que usei como título, Preconceito e/ou Bullying.
       Hoje, descrevo outra situação que também ocorreu na escola, porém, desta vez com uma professora.
       Outro dia, uma professora de uma das turmas do 1º ano levou um bolinho para comer com os seus alunos. Entretanto, devido a falta da outra professora do 1º, foi necessário juntar as duas turmas. Tudo normal, até que em um certo momento da tarde, o supervisor precisou ir até a sala falar com a professora e se deparou com uma situação lamentável, que não sei descrever se foi discriminação e/ou preconceito. A professora para dar o bolo que era pequeno, aos seus alunos, colocou os alunos da outra turma no pátio para brincar.
       O supervisor retornou à sala da direção sem ação, chocado e triste, sem saber como agir, levando em consideração que é uma professora nova na escola e de mais idade, e portanto, ficou sem jeito para questioná-la.
       Diante do relato dele fiquei chocada, e também triste, senti como se estivesse fazendo comigo, como se estivesse fazendo com meus filhos. A partir disso, fiquei me questionando e tentando achar possibilidades para que ela pudesse ter resolvido esta situação de outra maneira, de uma maneira mais justa, mais solidária e menos discriminatória, preconceituosa.
       Então, após reflexões e tentativas de justificar esta atitude, conclui que estas são práticas que não podem existir dentro de uma escola, que seja quem for, não tem o direito de incentivar a discriminação e o preconceito. Que a equipe deveria ter conversado com ela, que talvez ela não tenha se dado conta da situação que criou. Que nós todos, enquanto escola que somos e atuamos, temos o dever de combater e conscientizar não só os alunos, mas os professores, os funcionários e toda a comunidade escolar. Que diante de situações como esta, não podemos ficar alienados, omissos, compactuando e assistindo de braços cruzados, tudo aquilo em que acreditamos e trabalhamos arduamente, descer pelo ralo, se perder, diante de um fato isolado.

                                                 
                          Resultado de imagem para imagens de crianças e discriminação







domingo, 10 de setembro de 2017

Estamos dando conta...????

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       Após a leitura do texto, "História Geral do Atendimento à Pessoa com Necessidades, pude compreender que o aparecimento de propostas de ações sistematizadas ocorreu somente no séc. XVIII, depois de séculos nos quais predominaram o abandono e segregação destas pessoas. Para então, haver um avanço de iniciativas no atendimento terapêutico e educacional na área da educação especial, com a identificação da transição de espaços institucionais segregados para espaços comuns e socialmente integrados.
       É difícil de acreditar e/ou aceitar que até a década de 70, estas pessoas eram "desconhecidas" pela sociedade, que conforme relato de um senhor no vídeo, em que diz:" Eu sou merecedor de caridade, mas não de cidadania", ou seja, cidadãos que não tinham o direito de exercer sua cidadania, que tinham que ficar à margem da sociedade, sendo considerados incapazes e sem voz.
       Graças aos movimentos políticos, estas pessoas se tornaram visíveis e puderam conhecer e divulgar sua história, levantando a bandeira da igualdade de direitos e da inclusão.
       A partir da criação, institucionalização e o estabelecimento de Leis, principalmente com a publicação das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, onde o MEC lança as adaptações que devem ser feitas nos PCNs , a fim de colocar em prática estratégias a educação de alunos com deficiência.
       Até aqui está tudo muito bom e bonito, entretanto, direitos educacionais especializados, depende de atendimentos que vão além do espaço escolar e que por vez, acaba sendo barrado no SUS, por falta de vagas e de profissionais especialistas.
       Como o próprio texto diz, a educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos. Uma escola é inclusiva quando todos da equipe escolar – diretores, professores, secretaria, serviços gerais – participam ativamente desse projeto.
       Mas aí vem a pergunta: nós enquanto professores, enquanto escola, estamos dando conta?
       Vou deixar esta pergunta em aberto para que posteriormente eu possa retornar e a partir dela registrar novas postagens e reflexões.

Fonte:
Texto retirado de: Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008







domingo, 3 de setembro de 2017

Diversidade e Preconceito


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   As diversas situações que foram relatadas na primeira aula do EIXO VI, onde foram abordados os temas diversidade e preconceito no âmbito pessoal, nos permitiu conhecer e refletir sobre preconceito, direitos e diversidade, além de nos proporcionar conhecer diferentes situações vivenciadas e experienciadas pelas colegas. Entretanto, ficou claro que praticamente todas(os), já sofreram algum tipo de preconceito ou discriminação.
       O preconceito não passa de um conceito que criamos antes de saber o que aquilo realmente é, onde por esse falso conceito muitas vezes maltratamos o próximo e nem pensamos nas consequências daquele ato. No mundo existem muitas formas de preconceito, porém o mais comum é por causa da pessoa ser de uma etnia diferente, ou por ter uma religião diferente da nossa, por ter a cor da pele diferente, por ser de outra classe social, por ter outra cultura, por ter sua preferência sexual, dentre outros.
        O preconceito é um conceito criado e muitas vezes está associado aos rótulos ou estereótipos que se desenvolveram na sociedade. 
    Felizmente, hoje em dia se percebe uma tendência mundial em direção à celebração da diversidade, acompanhada pelo empoderamento das minorias e a erradicação do preconceito nos mais diversos contextos.  Apesar disso, alguns espaços da nossa sociedade ainda são especialmente propícios ao surgimento da discriminação. E a escola, por ser um ambiente em que crianças e adolescentes exercem uma enorme pressão dos pares uns sobre os outros (também conhecida como peer pressure), acaba se mostrando como um desses espaços. Mas a escola também é um lugar de formação e aprendizado. Assim, também conta com ótimas oportunidades voltadas para o combate ao preconceito em sala de aula e fora dela.
     Ainda que muitas vezes a discriminação não apareça de maneira explícita na escola, pode ser interessante abordar o assunto junto aos alunos para conscientizá-los, por meio do diálogo, sobre preconceitos latentes dos quais eles frequentemente sequer se dão conta.
     Seja por meio da literatura ou de debates, com os alunos mais velhos, ou de dinâmicas e narração de histórias, com os mais jovens, a discriminação deve ter espaço, sendo tema de conversas intermediadas pelo educador. E isso pode ser feito em sala, ensinando o estudante a se colocar no lugar do outro e enxergar que, apesar das diferenças, somos todos seres humanos e merecemos respeito.
    O combate à discriminação também deve chegar aos professores e demais profissionais direta e indiretamente envolvidos no processo educativo. A conscientização sobre seus próprios preconceitos e a abertura para aprender com os alunos são ótimas vias. Dessa forma, é possível não apenas ensinar ao estudante a ser tolerante como, ainda, servir de modelo para que ele tome certas atitudes no seu dia a dia.
       O papel do professor é fundamental no trabalho de conscientização e superação das questões relacionadas ao preconceito em sala de aula, pois é ele o profissional que está diretamente ligado a construção da aprendizagem e da formação do sujeito em relação ao seu meio. 


Fontes:

https://www.todamateria.com.br/tipos-de-preconceito/
https://jornaldigital2006.wordpress.com/tipos-de-preconceitos/http://appprova.com.br/como-o-professor-pode-ajudar-a-superar-questoes-de-preconceito-em-sala-de-aula/