Durante esta semana, foram realizados os conselhos de classe das turmas. Este, é um dos momentos de reflexão e análise sobre o processo de ensino-aprendizagem em relação aos alunos e as práticas pedagógicas e metodológicas da escola enquanto espaço de construção do conhecimento.
Em relação a avaliação, acredito que ela deva ser contínua, formativa e emancipatória, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, e assim buscar caminhos para melhorar a aprendizagem.
Entretanto, num desses dias e com um período livre na substituição dos professores em conselho, fiquei na sala dos professores enquanto acontecia o conselho da turma do 9º ano, onde vim a presenciar uma discussão a respeito da possível reprovação de um aluno. Naquele momento, todos relatavam considerar o aluno com uma boa aprendizagem e muito capaz, porém, reclamavam que ele não realizava as atividades e trabalhos solicitados, tampouco demonstrava interesse em fazê-las.
Isto me incomodou,e como sempre, não pude deixar de dar a minha opinião, pois eu considerei uma atitude punitiva, onde estavam se atendo ao comportamento do aluno e classificando-o como se ele fosse sempre do mesmo jeito, com hábitos imutáveis e, o mais importante, incapaz de se transformar.
Porém pareciam irredutíveis e incapazes de aceitar uma opinião contrária, acabando por decidir que a aprovação dependeria da nota do provão final.
Infelizmente, para muitos professores, ainda vale somente o ensinar e o resultado simultâneo desta "ensinagem". Não percebendo, que hoje, a ênfase está no aprender. Isso significa uma mudança em quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividade e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma. Onde, em vez de despejar conteúdos em frente à classe, ele agora pauta seu trabalho no jeito de fazer das crianças e adolescentes, desenvolvendo formas de aplicar esse conhecimento no dia-a-dia.
Nesse sentido, no lugar de apenas provas, o professor utiliza a observação diária e multidimensional e instrumentos variados, escolhidos de acordo com cada objetivo e as necessidades e/ou especificidades dos alunos, entendendo a avaliação formativa, enquanto processo, e não como pressuposto a punição ou premiação. Portanto, prevendo e considerando, que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes.
Nesta perspectiva, segundo LIBANEO:
A avaliação é uma tarefa didática necessária e
permanente do trabalho docente, que deve
acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela os resultados que
vão sendo obtidos no decorrer do trabalho
conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos a fim de
constatar progressos, dificuldades, e reorientar o
trabalho para as correções necessárias (LIBANEO, 1994, p.195).
https://novaescola.org.br/conteudo/395/avaliar-para-ensinar-melhor
Olá! Pensar sobre a avaliação é muito importante, pois ela configura um momento importante tanto para o aluno como para o professor. Todo docente deve possibilitar diferentes instrumentos de avaliação para conseguir atingir a todos os alunos. Ótima reflexão sobre o processo avaliativo e sua dimensão pedagógica.
ResponderExcluirAtt Glauber Moraes
Tutor Seminário Integrador VI
PEAD UFRGS