Não pude deixar de compartilhar esta reportagem que foi publicada dia 21/10, relatando a tragédia ocorrida numa escola em Goiás, onde um menino de 14 anos atirou contra colegas do oitavo ano, em uma ação desesperada e tomada por impulso, após ter sido alvo de um forte de bullying.
De acordo com minhas postagens na página do Pbworks, onde procuro diferenciar ou associar as principais características e diferenças entre preconceito e bullying, assim como suas implicações, compartilho das palavras do professor José Leon Crochik, que coordena o Laboratório de Estudos sobre o Preconceito (LAEP) do Instituto de Psicologia da USP, que descreve o termo bullying para definir a prática, individual ou em grupo, de agressões físicas e psicológicas, durante um período de tempo, sobre vítimas consideradas mais fracas em uma relação de poder e que, portanto, não são capazes de reagir suficientemente para fazer cessar a agressão.
Entretanto, o resultado desta ação desesperada, foi a mais violenta possível de se imaginar, onde a reação da suposta vítima de bullying chegou ao máximo da sua dor, fazendo com que fosse capaz de reagir violentamente para cessar a agressão.
Dados de uma pesquisa empírica coordenada por Crochik entre os anos de 2011 e 2014 em oito escolas de São Paulo demonstram que, as razões que levam os indivíduos a praticarem o bullying não tem relação com medos e inseguranças pessoais projetadas no alvo, mas sim com uma necessidade narcisista de se destacar, dominando e destruindo o outro.
O bullying, não tem um alvo específico, “torna-se vítima quem estiver à disposição para poder ser destruído, para poder ter sua vontade dominada pelo agressor, apresentando uma natureza menos racional. A ideia é poder humilhar e destruir”, afirma o pesquisador.
São duas situações complexas, onde tanto a vítima quanto o agressor necessitam de um olhar específico e de uma intervenção pedagógica e/ou psicológica, procurando entender e reverter as motivações que levam a esta prática.
Levando em conta que a escola tem papel fundamental e indispensável nesse sentido, já que é um espaço no qual os estudantes passam boa parte do seu tempo, e que, de certa forma, é uma minirrepresentação da sociedade em que vivemos, casos de desrespeito não devem ser tolerados e, para tal, não bastam unicamente punições, mas um trabalho anterior de desconstrução de valores, sendo fundamental entender que esse comportamento é grave, e que é preciso a atenção da família e da escola, onde a parceria educadores, coordenadores, direção e familiares possam discutir de forma aberta promovendo muito diálogo entre todos os atores e que o projeto de vida e protagonismo de cada criança e jovem seja valorizado.
“A criança é um sujeito ativo que deve ser escutado. Temos que tentar a todo custo assegurar essa escuta”
Iride Sassi / Reggio Emilia
Fontes:
http://sipeadturmab6.pbworks.com/w/page/119979186/Maria%20Luiza%20Goulart
http://br.blastingnews.com/brasil/2017/10/mae-de-vitima-de-atirador-se-desespera-apos-revelacao-nao-julgue-nosso-filho-002110011.html?sbdht=_TuxHQ-gdOLtY14bSIXP9u1_tz0o4od6YFtn5y8-cz7mMhk28BBuH5aKePRZAwnkL0_
http://porvir.org/a-crianca-e-um-sujeito-ativo-deve-ser-escutada/
Olá! O bullying quando não detectado a tempo, pode causa muito prejuízo a criança. O que pensamento as vezes ser uma simples brincadeira, deve ser levada em consideração e dialogar com os envolvidos para que não se repitam as situações. A intervenção pedagógica é necessária! Parabéns pela postagem reflexiva e com argumentos.
ResponderExcluirAtt Glauber Moraes
Tutor Seminário Integrador
PEAD UFRGS