Após a leitura do texto, "História Geral do Atendimento à Pessoa com Necessidades, pude compreender que o aparecimento de propostas de ações sistematizadas ocorreu somente no séc. XVIII, depois de séculos nos quais predominaram o abandono e segregação destas pessoas. Para então, haver um avanço de iniciativas no atendimento terapêutico e educacional na área da educação especial, com a identificação da transição de espaços institucionais segregados para espaços comuns e socialmente integrados.
É difícil de acreditar e/ou aceitar que até a década de 70, estas pessoas eram "desconhecidas" pela sociedade, que conforme relato de um senhor no vídeo, em que diz:" Eu sou merecedor de caridade, mas não de cidadania", ou seja, cidadãos que não tinham o direito de exercer sua cidadania, que tinham que ficar à margem da sociedade, sendo considerados incapazes e sem voz.
Graças aos movimentos políticos, estas pessoas se tornaram visíveis e puderam conhecer e divulgar sua história, levantando a bandeira da igualdade de direitos e da inclusão.
A partir da criação, institucionalização e o estabelecimento de Leis, principalmente com a publicação das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica, onde o MEC lança as adaptações que devem ser feitas nos PCNs , a fim de colocar em prática estratégias a educação de alunos com deficiência.
Até aqui está tudo muito bom e bonito, entretanto, direitos educacionais especializados, depende de atendimentos que vão além do espaço escolar e que por vez, acaba sendo barrado no SUS, por falta de vagas e de profissionais especialistas.
Como o próprio texto diz, a educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os
estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação
da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas
respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática,
que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a
satisfação pessoal e a inserção social de todos. Uma escola é inclusiva quando todos da equipe escolar – diretores, professores,
secretaria, serviços gerais – participam ativamente desse projeto.
Mas aí vem a pergunta: nós enquanto professores, enquanto escola, estamos dando conta?
Vou deixar esta pergunta em aberto para que posteriormente eu possa retornar e a partir dela registrar novas postagens e reflexões.
Fonte:
Texto retirado de:
Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia,
conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra
André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência
mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008
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