Revisitando meu Blog e levando em consideração que realizei o meu estágio em uma turma de alfabetização (2º ano), não pude deixar de repensar e reescrever sobre as postagens intituladas como: "Alfabetização: um processo em construção" e "Continuando a refletir sobre alfabetização" ambas de outubro de 2015.
Trabalhando e refletindo com uma turma de alfabetização, ficou evidente e indispensável à prática pedagógica, as questões levantadas nos textos sobre a importância de se levar em consideração o ritmo e a maturidade de cada criança no processo de alfabetização. Pois, tanto a aquisição da leitura quanto a aquisição da escrita, são habilidades complexos que necessitam que o cérebro se adapte à elas. Esta adaptação acontece em etapas, em um determinado tempo. Por isso, dizemos que cada um aprende no seu tempo, no seu ritmo.
Conforme já descrito na primeira postagem, nenhum cérebro é igual ao outro, e sempre haverá variações na facilidade com que cada um se familiariza com a linguagem escrita, o que traz à escola o desafio de conhecer e respeitar o ritmo dos alunos.
Esta maturação e este tempo necessários a cada um no processo de alfabetização, ficou muito claro e explícito na minha turma de estágio. Pois, levando em conta o nível de alfabetização dos alunos e considerando que segundo Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Portanto, isto é norma,l considerando que a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo.
Neste sentido, cabe a nós professores e também aos pais, em uma parceria mútua e responsável por este processo, ter um olhar diferenciado e reflexivo, respeitando as etapas e o ritmo de cada um, acreditando que todos são capazes e dotados de habilidades, mas que cada um aprende ao seu tempo, no seu ritmo, onde o foco está em como se aprende e não como se ensina.
"Ler não é decifrar, escrever não é copiar".
Emília Ferreiro
Referências
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas,
1984.
https://marialuizagoulartufrgs.blogspot.com/2015/10/acessado em 26/12/2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário