domingo, 24 de setembro de 2017

Copiar e Repetir...


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       Esta semana em conversa com uma colega, estava a falar sobre o modelo pedagógico  predominante nas salas de aula da nossa escola. Nossa conversa era exatamente sobre como nossos alunos estão acostumados a só copiar, a só repetir. Digo só, porque este hábito gerou uma acomodação e um desinteresse por parte dos alunos em interagir, indagar, refletir sobre os assuntos trabalhados. 
       Pra minha surpresa, hoje, após assistir o vídeo do Fernando Becker, "Escola-mais laboratório e menos auditório", me deparo com uma fala que vai ao encontro da minha reflexão, que explica exatamente como estou percebendo a necessidade de uma mudança urgente no modo de ver e fazer dos professores e da escola.
       Como diz o próprio Becker, precisamos mudar as ações, os verbos. Precisamos deixar de incentivar à prática do "copiar e repetir", limitando os alunos e condenando-os talvez, ao fracasso escolar. Precisamos proporcionar às práticas que estimulem a reflexão, a compreensão, a interpretação, o questionamento, a formulação, a transformação, a opinião, enfim, usar de todos os verbos que estimulem a construção e o desenvolvimento significativo do sujeito, enquanto aluno e cidadão, com todas as suas potencialidades e especificidades.
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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Discriminação e/ou Preconceito

       
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       Na página do pbworks em que estamos trabalhando, realizei uma postagem descrevendo uma situação ocorrida com alunos dentro da escola, em que usei como título, Preconceito e/ou Bullying.
       Hoje, descrevo outra situação que também ocorreu na escola, porém, desta vez com uma professora.
       Outro dia, uma professora de uma das turmas do 1º ano levou um bolinho para comer com os seus alunos. Entretanto, devido a falta da outra professora do 1º, foi necessário juntar as duas turmas. Tudo normal, até que em um certo momento da tarde, o supervisor precisou ir até a sala falar com a professora e se deparou com uma situação lamentável, que não sei descrever se foi discriminação e/ou preconceito. A professora para dar o bolo que era pequeno, aos seus alunos, colocou os alunos da outra turma no pátio para brincar.
       O supervisor retornou à sala da direção sem ação, chocado e triste, sem saber como agir, levando em consideração que é uma professora nova na escola e de mais idade, e portanto, ficou sem jeito para questioná-la.
       Diante do relato dele fiquei chocada, e também triste, senti como se estivesse fazendo comigo, como se estivesse fazendo com meus filhos. A partir disso, fiquei me questionando e tentando achar possibilidades para que ela pudesse ter resolvido esta situação de outra maneira, de uma maneira mais justa, mais solidária e menos discriminatória, preconceituosa.
       Então, após reflexões e tentativas de justificar esta atitude, conclui que estas são práticas que não podem existir dentro de uma escola, que seja quem for, não tem o direito de incentivar a discriminação e o preconceito. Que a equipe deveria ter conversado com ela, que talvez ela não tenha se dado conta da situação que criou. Que nós todos, enquanto escola que somos e atuamos, temos o dever de combater e conscientizar não só os alunos, mas os professores, os funcionários e toda a comunidade escolar. Que diante de situações como esta, não podemos ficar alienados, omissos, compactuando e assistindo de braços cruzados, tudo aquilo em que acreditamos e trabalhamos arduamente, descer pelo ralo, se perder, diante de um fato isolado.

                                                 
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domingo, 10 de setembro de 2017

Estamos dando conta...????

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       Após a leitura do texto, "História Geral do Atendimento à Pessoa com Necessidades, pude compreender que o aparecimento de propostas de ações sistematizadas ocorreu somente no séc. XVIII, depois de séculos nos quais predominaram o abandono e segregação destas pessoas. Para então, haver um avanço de iniciativas no atendimento terapêutico e educacional na área da educação especial, com a identificação da transição de espaços institucionais segregados para espaços comuns e socialmente integrados.
       É difícil de acreditar e/ou aceitar que até a década de 70, estas pessoas eram "desconhecidas" pela sociedade, que conforme relato de um senhor no vídeo, em que diz:" Eu sou merecedor de caridade, mas não de cidadania", ou seja, cidadãos que não tinham o direito de exercer sua cidadania, que tinham que ficar à margem da sociedade, sendo considerados incapazes e sem voz.
       Graças aos movimentos políticos, estas pessoas se tornaram visíveis e puderam conhecer e divulgar sua história, levantando a bandeira da igualdade de direitos e da inclusão.
       A partir da criação, institucionalização e o estabelecimento de Leis, principalmente com a publicação das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, onde o MEC lança as adaptações que devem ser feitas nos PCNs , a fim de colocar em prática estratégias a educação de alunos com deficiência.
       Até aqui está tudo muito bom e bonito, entretanto, direitos educacionais especializados, depende de atendimentos que vão além do espaço escolar e que por vez, acaba sendo barrado no SUS, por falta de vagas e de profissionais especialistas.
       Como o próprio texto diz, a educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos. Uma escola é inclusiva quando todos da equipe escolar – diretores, professores, secretaria, serviços gerais – participam ativamente desse projeto.
       Mas aí vem a pergunta: nós enquanto professores, enquanto escola, estamos dando conta?
       Vou deixar esta pergunta em aberto para que posteriormente eu possa retornar e a partir dela registrar novas postagens e reflexões.

Fonte:
Texto retirado de: Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008







domingo, 3 de setembro de 2017

Diversidade e Preconceito


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   As diversas situações que foram relatadas na primeira aula do EIXO VI, onde foram abordados os temas diversidade e preconceito no âmbito pessoal, nos permitiu conhecer e refletir sobre preconceito, direitos e diversidade, além de nos proporcionar conhecer diferentes situações vivenciadas e experienciadas pelas colegas. Entretanto, ficou claro que praticamente todas(os), já sofreram algum tipo de preconceito ou discriminação.
       O preconceito não passa de um conceito que criamos antes de saber o que aquilo realmente é, onde por esse falso conceito muitas vezes maltratamos o próximo e nem pensamos nas consequências daquele ato. No mundo existem muitas formas de preconceito, porém o mais comum é por causa da pessoa ser de uma etnia diferente, ou por ter uma religião diferente da nossa, por ter a cor da pele diferente, por ser de outra classe social, por ter outra cultura, por ter sua preferência sexual, dentre outros.
        O preconceito é um conceito criado e muitas vezes está associado aos rótulos ou estereótipos que se desenvolveram na sociedade. 
    Felizmente, hoje em dia se percebe uma tendência mundial em direção à celebração da diversidade, acompanhada pelo empoderamento das minorias e a erradicação do preconceito nos mais diversos contextos.  Apesar disso, alguns espaços da nossa sociedade ainda são especialmente propícios ao surgimento da discriminação. E a escola, por ser um ambiente em que crianças e adolescentes exercem uma enorme pressão dos pares uns sobre os outros (também conhecida como peer pressure), acaba se mostrando como um desses espaços. Mas a escola também é um lugar de formação e aprendizado. Assim, também conta com ótimas oportunidades voltadas para o combate ao preconceito em sala de aula e fora dela.
     Ainda que muitas vezes a discriminação não apareça de maneira explícita na escola, pode ser interessante abordar o assunto junto aos alunos para conscientizá-los, por meio do diálogo, sobre preconceitos latentes dos quais eles frequentemente sequer se dão conta.
     Seja por meio da literatura ou de debates, com os alunos mais velhos, ou de dinâmicas e narração de histórias, com os mais jovens, a discriminação deve ter espaço, sendo tema de conversas intermediadas pelo educador. E isso pode ser feito em sala, ensinando o estudante a se colocar no lugar do outro e enxergar que, apesar das diferenças, somos todos seres humanos e merecemos respeito.
    O combate à discriminação também deve chegar aos professores e demais profissionais direta e indiretamente envolvidos no processo educativo. A conscientização sobre seus próprios preconceitos e a abertura para aprender com os alunos são ótimas vias. Dessa forma, é possível não apenas ensinar ao estudante a ser tolerante como, ainda, servir de modelo para que ele tome certas atitudes no seu dia a dia.
       O papel do professor é fundamental no trabalho de conscientização e superação das questões relacionadas ao preconceito em sala de aula, pois é ele o profissional que está diretamente ligado a construção da aprendizagem e da formação do sujeito em relação ao seu meio. 


Fontes:

https://www.todamateria.com.br/tipos-de-preconceito/
https://jornaldigital2006.wordpress.com/tipos-de-preconceitos/http://appprova.com.br/como-o-professor-pode-ajudar-a-superar-questoes-de-preconceito-em-sala-de-aula/