terça-feira, 26 de junho de 2018

Conversando...


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    Hoje, conversando com a Assistente de Alfabetização recém chegada na escola, onde trocávamos ideias e informações, fiquei surpresa ao ouvir seus relatos e suas preocupações.  Ao perguntar sobre quais pré-requisitos seriam necessários para que as pessoas pudessem se inscrever às vagas de assistente nas turmas de alfabetização, mais especificamente nas turmas de 1º e 2º ano do ensino fundamental, fui surpreendida com sua resposta, pois, me relatou que a princípio eram pessoas em curso ou graduadas em Pedagogia ou Letras. Bom, perfeito!Ok! Não que isto em alguns casos faça a diferença, mas, pelo menos são pessoas com o mínimo de conhecimento na área da educação, porém, muitas vezes sem nenhuma prática.
     Entretanto, salientou que devido ao baixo índice de inscrições e ao grande número de desistência dos inscritos, agora, esta semana, haveria nova inscrição para pessoas sem nenhum tipo de pré-requisitos, como ela mesmo disse, "qualquer um que queira". 
     Assim como eu, que fiquei surpresa e preocupada com sua resposta, ela também demonstrou o mesmo sentimento, porém, acrescentou sua indignação frente a este fato, pois considerava injusto e se sentia desvalorizada pelo novo critério.
    Toda essa conversa me fez refletir e voltar a ler o "Manual Operacional do Sistema de Orientação Pedagógica e Monitoramento", do Programa Mais Alfabetização/2018, considerando que o Assistente de Alfabetização é responsável: 
-pela realização das atividades de acompanhamento pedagógico sob a coordenação e supervisão do professor alfabetizador, conforme orientações da secretaria de educação e com o apoio da gestão escolar; 
-pelo apoio na realização de atividades, com vistas a garantir o processo de alfabetização de todos os estudantes regularmente matriculados no 1º ano e no 2º ano do ensino fundamental. 
-pela participação do planejamento das atividades juntamente com a Coordenação do Programa na escola; 
-por auxiliar o professor alfabetizador nas atividades estabelecidas e planejadas por ele; 
-pelo acompanhamento do desempenho escolar dos alunos, inclusive efetuando o controle da frequência; 
     Então, minha reflexão se deu a respeito de que "qualquer um que queira", terá competência para cumprir com suas responsabilidades? Será que "qualquer um que queira, terá conhecimento para exercer seu papel fundamental nesse complexo processo?
    Pois, de acordo com o próprio manual, "O Programa dispõe de bases no reconhecimento de que os estudantes aprendem em ritmos e tempos singulares e necessitam de acompanhamento diferenciado para superarem os desafios do processo de alfabetização, garantindo a equidade na aprendizagem. O Programa entende que a alfabetização constitui o alicerce para a aquisição de outros conhecimentos escolares e para a busca de conhecimento autônomo, reconhecendo, fundamentalmente, que o professor alfabetizador tem papel fundamental nesse complexo processo. 

Fonte:
file:///C:/Users/Luisa/Downloads/manual_operacional%20mais%20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%20(7).pdf






domingo, 24 de junho de 2018

Compartilhando Saberes


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     Sábado foi dia da Feira de Ciências e Tecnologias na minha escola. Foi um dia muito especial e importante não só para os alunos e comunidade, mas também para nós professores. Digo isto, em função de vários relatos e desabafos reflexivos positivos de alguns professores no final da manhã letiva.
     Este, é um evento que mexe com a escola, mexe com a rotina da sala de aula, e portanto, mexe com a acomodação pedagógica da maioria dos professores.
     Normalmente, a maioria dos professores desenvolvem aulas muito tradicionais, sem proporcionar nenhum tipo de desacomodação aos alunos e as aprendizagens.
     Como nas semanas que antecederam a feira, foram semanas de muito planejamento, movimento e organização, podemos dizer que isto promoveu uma maior articulação entre os alunos e demais seguimentos da escola, principalmente no que diz respeito ao comportamento dos professores em relação aos alunos e as questões pedagógicas da sala de aula e demais espaços escolares. 
     Muitas práticas tradicionais foram percebidas e revistas, levando alguns professores a compreender a importância e a necessidade em levar o aluno a ser sujeito ativo no seu processo de aprendizagem. Onde, para construir e apresentar os trabalhos e concordando com Comênio, o elemento do realismo no ensino "propõe que os alunos façam experiências por conta própria e aprendam a partir das próprias observações e não somente repetindo o que outras pessoas disseram" (cap. 18). 
     Neste sentido, a feira serviu como atividade desencadeadora e reflexiva para novos planejamentos, novas práticas e portanto, novos saberes. Saberes que precisam ser experimentados e transformados em novos conhecimentos, em novas aprendizagens.
     De acordo com o texto de Maria Isabel Dalla Zen e Maria Luisa Xavier, "o planejamento é processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, são indissociáveis".

Fonte:
Texto de Johannes Doll e Russel Rosa "A metodologia tem história".

Texto de Maria Isabel H. Dalla Zen e Maria Luisa M. Xavier "Planejamento em destaque Análises menos convencionais" em https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1473014

                                                                                                                                                 
                              
 

Compartilhando Experiências

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     Como em todas as outras atividades que envolveram apresentações, este trabalho de campo da EJA não poderia ser diferente. Foi realmente um momento de muitas aprendizagens, trocas e compartilhamento de experiências.
     São estes, alguns dos momentos reflexivos que fazem toda a diferença para as nossas práticas, pois, são momentos de relatos vivos das práticas e das experiências do dia a dia das nossas escolas, são relatos de realidades e diversidades pedagógicas que servem como reflexão e aprimoramento para novas aprendizagens, para um novo ensinar e aprender. Concordo com FREIRE, quando diz: "Quando saio de casa não tenho dúvida nenhuma de que, inacabados e conscientes do inacabamento, abertos à procura, curiosos, "programados, mas para aprender", exercitaremos tanto mais e melhor a nossa capacidade de aprender e de ensinar quanto mais sujeitos e não puros objetos do processo nos façamos"(Freire, 1997, p.65). 
    Pois, neste sentido é necessário que nossa capacidade de aprender e ensinar seja exercitada e flexível, para que possamos estar em constante ação/reflexão/ação, a fim de podermos contemplar as necessidades e especificidades dos nossos alunos, levando em consideração as características de propostas pedagógicas das diferentes modalidades de ensino, mas, principalmente as da EJA por ter finalidades e funções específicas, por considerar as diferenças individuais e os conhecimentos informais dos estudantes, adquiridos a partir das vivências diárias e no mundo do trabalho.



Referências:

Fragmento do texto “Planejamento: em busca de caminhos”, Maria Bernadette Castro Rodrigues.







sexta-feira, 15 de junho de 2018

Sobre Alfabetizaçâo


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  Hoje, após conversar com uma colega na qual refletíamos sobre a necessidade de se repensar as estratégias metodológicas nas turmas de alfabetização da nossa escola, eis que a noite me deparo com o texto  "Consciência Fonológica e Aquisição da Linguagem Escrita: relações e implicações para a prática pedagógica"
  Coincidência ou não, não sei, mas o texto veio exatamente ao encontro das considerações que estávamos fazendo sobre o processo de alfabetização. Pois, nossa reflexão se deu a cerca da necessidade de "se pensar em um trabalho escolar que promova a relação entre a consciência fonológica e a linguagem escrita na prática pedagógica, onde o professor exerce o papel de mediador, auxiliando a criança a refletir sobre as palavras em sua dimensão sonora ao mesmo tempo em que analisa as partes gráficas", como foi colocado pelas próprias autoras.
     Neste sentido, concordarmos que há uma relação recíproca entre a consciência fonológica e a aquisição da linguagem escrita, "cabendo ao professor o planejamento de estratégias sistematizadas que contribuam para o desenvolvimento e o avanço no processo da aprendizagem, permeando as dimensões da alfabetização e do letramento e considerando as especificidades de cada processo".
     Onde, "ler e escrever pressupõem o domínio de inúmeras habilidades, exigindo diferentes capacidades e vai muito além do simples ato de decodificar palavras. A aprendizagem da leitura e da escrita atravessou e atravessa um longo percurso. Nesse processo, de acordo com Godoy (2005), o ponto inicial da interseção entre a linguagem oral e a linguagem escrita é a relação entre letras e sons. Dessa forma, as características fonológicas da língua oral e as características do sistema de escrita contribuem como elementos facilitadores dessa aprendizagem".

Fonte:
http://blog.newtonpaiva.br/pos/e11-ped-01-consciencia-fonologica-e-a-aquisicao-da-linguagem-escrita-relacoes-e-implicacoes-para-a-pratica-pedagogica/