Hoje, ao realizar as leituras dos textos de Rodrigues (2011) e Rays (2000), e após preencher o quadro sobre os estudos de Rays, pude refletir a partir das ideias principais do texto em relação as práticas pedagógicas da minha escola.
Como já relatei aqui em outros momentos, tenho estado numa fase muito reflexiva em relação a minha escola e ao meu papel dentro dela.
Estamos num momento de reconstrução do PPP, que para minha surpresa voltou como pauta de reunião. Digo para minha surpresa, porque numa reunião do início do ano letivo o tema avaliação veio a tona devido a dúvidas de alguns professores, e quando eu questionei que o PPP deveria ser retomado para estudo e discussão pelo grupo, obtive como resposta que ele estava pronto e enviado a SMED. Isto na época me deixou muito incomodada, fazendo com que eu cobrasse uma atitude da direção, o que gerou certo desconforto por parte da equipe (supervisão e coordenação), pois o documento estava sendo organizando por eles.
Então, ao ler os textos e preencher o quadro, fiquei ainda mais convicta sobre minha preocupação com as questões pedagógicas da escola. Pois, com a retomada do PPP, ficou evidente que itens como: objetivos, conteúdos, procedimentos e avaliação (planejamento), não são contemplados com toda a sua totalidade e importância dentro de proposta metodológica para a escola.
Porém, questões como estas, que são primordiais ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, parecem não ser tão importantes e necessárias para alguns professores. Há uma certa resistência a respeito de se pensar num planejamento que atenda as necessidades dos alunos. Há uma certa resistência em relação ao novo, em experimentar, em mudar, em repensar novas práticas pedagógicas.
Eu, particularmente sou defensora da necessidade de mudança pedagógica e metodológica nas turmas de alfabetização da escola. Inclusive já relatei por várias vezes esta preocupação e esta necessidade visível de se repensar as práticas de alfabetização destas turmas.
Neste sentido, compactuo com Rays, quando diz: "o ato de planejar o ensino revela sempre, por parte do
educador, uma atitude axiológica, ética, política e pedagógica,
que pode ou não contribuir para uma formação de qualidade
dos educandos". Pois, se queremos superar o planejamento tido como um
ato mecânico é preciso construir um planejamento que expresse um
processo educativo de qualidade.
Precisamos pensar a alfabetização como algo
muito mais relevante que aprender a ler e escrever com criticidade, pois, com a aquisição
da linguagem o indivíduo se torna
autocrítico, tem acesso a uma prática historicamente construída que o levam ao empoderamento.
Entretanto, para que isto venha acontecer, o pedagógico deve tornar-se mais político e o
político, mais pedagógico. É preciso desenvolver práticas pedagógicas de planejamento reflexivas que permitam a participação de todos e que venham ao encontro das
necessidades da comunidade.
Referência:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2407153/mod_resource/content/2/Planejamento%20de%20ensino%20um%20ato%20pol%C3%ADtico-pedag%C3%B3gico%20de%20Rays.pdf
Referência:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2407153/mod_resource/content/2/Planejamento%20de%20ensino%20um%20ato%20pol%C3%ADtico-pedag%C3%B3gico%20de%20Rays.pdf
Olá! Excelentes reflexões referentes ao estudo, pensando no contexto da escola e na relação dos estudos com a atividades profissional. Parabéns!
ResponderExcluirAtt Glauber Moraes