quarta-feira, 30 de maio de 2018

Repensando


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     Hoje, fazendo e refazendo umas leituras sobre a Educação de Jovens e Adultos, mais especificamente lendo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA, pude perceber e refletir algumas questões com as quais nos deparamos diariamente dentro das escolas, mas que não são relacionadas somente a  modalidade da EJA.
     Percebi que, no PARECER CNE/CEB 11/2000 (p. 5), tem um trecho que diz: "a Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa uma dívida social não reparada para com os que não tiveram acesso a e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, na escola ou fora dela, ..., onde, ... "ser privado deste acesso é, de fato, a perda de um instrumento imprescindível para uma presença significativa na convivência social contemporânea." Através deste trecho, refleti que esta dívida social, no caso aqui reparadora e descrita para a EJA, infelizmente está se fazendo presente nas turmas dos anos iniciais, porém como uma dívida atual por falta de comprometimento em relação a alfabetização e o letramento. 
     Digo isto, porque percebo turmas de anos iniciais (ciclo da alfabetização) que perpetuam suas práticas tradicionais e bancárias de cópia e repetição de informações, sem priorizar uma prática dialógica, levando em consideração as vivências, as habilidades e as competências, almejando uma alfabetização emancipatória como forma de aprender e ser no mundo.
   Este perceber e refletir, me faz repensar que, "os sistemas de ensino desenvolveram esforços no afã de propiciar um atendimento mais aberto a adolescentes e jovens tanto no que se refere ao acesso à escolaridade obrigatória, quanto a iniciativas de caráter preventivo para diminuir a distorção idade/ano" (CEB11.doc. p. 5 /SAO 006) mas, de que adianta repensar somente a EJA, e não repensarmos os anos iniciais como base fundamental e necessária para uma construção de aprendizagem significativa. Onde, talvez, tenhamos uma função menos reparadora de ensino, e passamos a ter uma função mais equalizadora de igualdade de direitos e qualificadora para uma educação permanente com um "apelo para as instituições de ensino e pesquisa no sentido da produção adequada de material didático que seja permanente enquanto processo, mutável na variabilidade de conteúdos e contemporânea no uso de e no acesso a meios eletrônicos da comunicação." 
    "Dentro deste caráter ampliado, os termos “jovens e adultos” indicam que, em todas as idades e em todas as épocas da vida, é possível se formar, se desenvolver e constituir conhecimentos, habilidades, competências e valores que transcendam os espaços formais da escolaridade e conduzam à realização de si e ao reconhecimento do outro como sujeito" (CEB11.doc. p. 12 /SAO 006).

Fontes:
Parecer CEB no. 11/2000 -  Parecer Jamil Cury - Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2381340/mod_resource/content/3/parecer_11_2000-anotado.pdf 

domingo, 27 de maio de 2018

Brincar - aprender e ensinar com prazer


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     De acordo com a Profa. Dra. Tânia Fortuna, em sua palestra  "Sala de aula é lugar de brincar? Por uma pedagogia do brincar", podemos compreender e refletir sobre a importância do brincar  em sala de aula.
      Todas as crianças brincam e é por meio do brincar que as crianças aprendem sobre si mesmas e o meio que as rodeia.
   Durante a infância, o brincar é fundamental para o desenvolvimento físico, emocional, social e intelectual das das crianças, daí a importância e a necessidade da sua promoção em sala de aula.
   É através dos jogos e brincadeiras, que as crianças desenvolvem habilidades importantes como a atenção e concentração, imaginação, criatividade, habilidades motoras, memória, força, equilíbrio, liderança, controle da ansiedade, reflexão, trabalho em equipe, socialização, raciocínio lógico e estratégico, dentre outras.
    Infelizmente, muitas pessoas ainda não conhecimento do valor da brincadeira no desenvolvimento das crianças. A ideia muitas vezes divulgada é a de que o brincar seja somente um entretenimento, como se não tivesse outras utilidades mais importantes.
     O jogo e/ou brincadeira são formas da criança se expressar, já que é uma circunstância favorável para manifestar seus sentimentos, onde o brinquedo passa a ser a linguagem da criança.
   É de suma importância que tanto a família quanto a escola tenham consciência da necessidade de disponibilizar flexibilidade para as brincadeiras proporcionando momentos lúdicos e prazerosos de aprender e ensinar, contribuindo para o pleno desenvolvimento das crianças.
      Na sala de aula, o brincar entra como recurso pedagógico, que proporciona à criança momentos em que ela pode mostrar sua agilidade através da competição, refletir sobre o fazer, organizar e desorganizar, construir e reconstruir, crescer nos aspectos culturais e sociais como parte essencial de uma sociedade.
   Nas palavras de Ferreiro (1988), Brincar “é divertir-se e entreter-se infinitamente em jogos de criança” Lúdico - “que tem caráter de jogos, de aprender brinquedo e divertimento; é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente, faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana” (FERREIRO, 1988, p.139).
  
Fonte:
http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-brincar-no%20desenvolvimento-da-crianca/4448/
   

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Cultura digital e educação


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   De acordo com o professor Daniel, cultura, estruturas sociais e tecnologias são variáveis interdependentes, ou seja, se influenciam mutuamente uma a outra. Assim, podemos dizer que técnica e tecnologia estão arraigadas nos aspectos culturais, uma vez que a tecnologia está relacionada ao tempo, ao espaço e ao lugar.
     A tecnologia criou novos meios de comunicação, que criaram novas formas de ação e interação no mundo social.
    Novas tecnologias possibilitam a interatividade com o mundo, facilitam o acesso à informação e influenciam como interagimos com outras pessoas, criando novas formas de comunicação e de tipos de relacionamentos sociais, tanto pessoais como profissionais.
    Neste sentido, toda a tecnologia de alguma forma nos condiciona a uma cultura que vai além do próprio uso dela, como por exemplo, mudou a forma de muitas pessoas se comunicarem no dia a dia, onde a presença física para interagir com os outros se torna menos necessária à medida que mais pessoas se comunicam virtualmente, criando novas formas de ação e interação e novos modos de exercer poder, que não mais dependem de uma localização fixa.
      Entretanto, todo esse dinamismo cultural que afeta a sociedade repercute na escola e a educação também sente os efeitos da ampliação desses mecanismos tecnológicos. Por isso, é essencial se pensar qual o papel da escola na preparação dos indivíduos em sua relação com as tecnologias, sendo que  estão presentes em todos os segmentos da vida. 
    Na educação, é preciso que o professor assuma um papel autoral da docência no uso das tecnologias digitais, compreendendo a importância da intencionalidade do seu uso e do seu potencial.
     De nada adianta a escola investir em tecnologias, se o seu uso não for adequado e/ou suficiente para proporcionar transformações e novos conhecimentos. 
      A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), destaca dez competências gerais da Educação Básica, dentre as quais uma está relacionada ao uso das tecnologias dentro da escola: 

- Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.


Referências
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2410580/mod_resource/content/1/MAriaIsabelCunha_InovacoesPedagogicas.pdf
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2425153/mod_resource/content/4/SCHLEMMER_O%20trabalho%20do%20professor%20e%20as%20novas%20tecnologias.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site.pdf
  

domingo, 13 de maio de 2018

Aquisição da Linguagem


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Durante nossa aula presencial com a professora Aline, podemos compreender o processo de aquisição da linguagem de acordo com a teoria Piagetiana.
Segundo Piaget, a aquisição e o desenvolvimento da linguagem nascem da maturação biológica dos esquemas sensório-motores produzidos pela experimentação ativa da criança com o meio e com os objetos, mostrando-se como um reflexo das capacidades cognitivas.
Neste sentido, as funções elementares vão sendo assimiladas e acomodadas cognitivamente fazendo com que a linguagem seja aprimorada e passe a ser ampliada dos níveis básicos aos níveis mais complexos de aquisição.
A teoria piagetiana sugere que o desenvolvimento linguístico depende do desenvolvimento da inteligência, sendo considerado uma forma de representação desta última. 
Para o teórico, é o desenvolvimento cognitivo que irá possibilitar o nascimento do simbolismo. A função simbólica irá aparecer num conjunto de atividades essencialmente sensório-motoras, onde a brincadeira simbólica tem, portanto, participação relevante para o desenvolvimento da linguagem.
A linguagem é um meio de interação entre relação e construção do conhecimento. 
Desta forma, podemos considerar que tanto para Piaget quanto para Vygotsky, que a construção das capacidades intelectuais e de linguagem, são resultado de um processo de interação do sujeito com o meio social e físico, pois é pela troca entre o sujeito e o meio que a inteligência estrutura-se, sendo a linguagem, produto da influência destes fatores. 

Referências

"AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM". Publicado em 22 de July de 2010. Samanta Demétrio da Silva
"PENSAMENTO E LINGUAGEM: PERCURSO PIAGETIANO DE INVESTIGAÇÃO". Adrián Oscar Dongo Montoya  







segunda-feira, 7 de maio de 2018

Reflexão e Planejamento


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Hoje, ao realizar as leituras dos textos de Rodrigues (2011)  e Rays (2000), e após preencher o quadro sobre os estudos de Rays, pude refletir a partir das ideias principais do texto em relação as práticas pedagógicas da minha escola. 
Como já relatei aqui em outros momentos, tenho estado numa fase muito reflexiva em relação a minha escola e ao meu papel dentro dela. 
Estamos num momento de reconstrução do PPP, que para minha surpresa voltou como pauta de reunião. Digo para minha surpresa, porque numa reunião do início do ano letivo o tema avaliação veio a tona devido a dúvidas de alguns professores, e quando eu questionei que o PPP deveria ser retomado para estudo e discussão pelo grupo, obtive como resposta que ele estava pronto e enviado a SMED. Isto na época me deixou muito incomodada, fazendo com que eu cobrasse uma atitude da direção, o que gerou certo desconforto por parte da equipe (supervisão e coordenação), pois o documento estava sendo organizando por eles. 
Então, ao ler os textos e preencher o quadro, fiquei ainda mais convicta sobre minha preocupação com as questões pedagógicas da escola. Pois, com a retomada do PPP, ficou evidente que itens como: objetivos, conteúdos, procedimentos e avaliação (planejamento), não são contemplados com toda a sua totalidade e importância dentro de proposta metodológica para a escola. 
Porém, questões como estas, que são primordiais ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, parecem não ser tão importantes e necessárias para alguns professores. Há uma certa resistência a respeito de se pensar num planejamento que atenda as necessidades dos alunos. Há uma certa resistência em relação ao novo, em experimentar, em mudar, em repensar novas práticas pedagógicas.
Eu, particularmente sou defensora da necessidade de mudança pedagógica e metodológica nas turmas de alfabetização da escola. Inclusive já relatei por várias vezes esta preocupação e esta necessidade visível de se repensar as práticas de alfabetização destas turmas.
Neste sentido, compactuo com Rays, quando diz: "o ato de planejar o ensino revela sempre, por parte do educador, uma atitude axiológica, ética, política e pedagógica, que pode ou não contribuir para uma formação de qualidade dos educandos". Pois, se queremos superar o planejamento tido como um ato mecânico é preciso construir um planejamento que expresse um processo educativo de qualidade. 
Precisamos pensar a alfabetização como algo muito mais relevante que aprender a ler e escrever com criticidade, pois, com a aquisição da linguagem o indivíduo  se torna autocrítico, tem acesso a uma prática historicamente construída que o levam ao empoderamento.
Entretanto, para que isto venha acontecer, o pedagógico deve tornar-se mais político e o político, mais pedagógico. É preciso desenvolver práticas pedagógicas de planejamento reflexivas que permitam a participação de todos e que venham ao encontro das necessidades da comunidade.

Referência:
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2407153/mod_resource/content/2/Planejamento%20de%20ensino%20um%20ato%20pol%C3%ADtico-pedag%C3%B3gico%20de%20Rays.pdf