quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Dificuldades de Aprendizagem II

                                Resultado de imagem para imagens de crianças estudando ciencias
         Dando continuidade ao tema abordado no Projeto de Aprendizagem, onde exploramos a questão sobre o papel do professor frente as dificuldades de aprendizagem e o fracasso escolar, venho dar sequência a postagem de ontem, onde compartilho algumas estratégias de como trabalhar com as crianças com problemas de atenção dentro da sala de aula. Estas, são sugestões garimpadas no site SOESCOLA.COM, que vão bem ao encontro às nossas necessidades docentes, servindo de instrumento de trabalho e auxílio à nossa prática diária.
         Sendo o professor, o mediador direto do processo de aprendizagem, ele precisa estar atento as necessidades de aprendizagem de cada aluno, levando em conta suas peculiaridades, favorecendo a interação e a comunicação entre eles, mantendo uma observação constante das dificuldades apresentadas e assim, trabalhando com a adversidade em sala e estudando como a intervenção docente pode contribuir para que as diferenças existentes em sala de aula não se tornem desigualdades contribuindo para o fracasso escolar.
        Gonzalez (2002, p. 241), confirma esta ideia, destacando que
        Em todo processo educativo, a competência profissional dos professores, sua capacidade para planejar situações de aprendizagem, realizar processos de adaptação de currículo, elaborar pontos de trabalho em equipe, etc., adquire uma relevância, que nos parece decisiva para o êxito ou para o fracasso de tal processo. 
        Na postagem anterior, citei sugestões de como lidar com esta situação dentro da sala de aula. Hoje, venho postar dicas de alguns dos sinais mais frequentes que indicam a presença de um problema de aprendizagem. Para isso, devemos ficar atentos quando a criança: 


- Apresenta dificuldade para entender e seguir tarefas e instruções; 
- Apresenta dificuldade para relembrar o que alguém acaba de dizer; 
- Não domina as destrezas básicas de leitura, soletração, escrita e/ou matemática, pelo que fracassa no trabalho escolar; 
- Apresenta dificuldade para distinguir entre a direita e a esquerda, para identificar palavras, etc. Sua tendência é escrever as letras, palavras ou números ao contrário;
- Falta-lhe coordenação ao caminhar, fazer esportes ou completar atividades simples, tais como apontar um lápis ou amarrar o cordão do sapato;
- Apresenta facilidade para perder ou extraviar seu material escolar, como os livros e outros artigos;
- Tem dificuldade para entender o conceito de tempo, confundindo o 'ontem', com o 'hoje' e/ou 'amanhã';
- Manifesta irritação ou excitação com facilidade.
         Como já havia dito na postagem anterior, não existem soluções mágicas, entretanto, um olhar diferenciado acompanhado de intervenções, se fazem necessários e pontuais no processo de ensino aprendizagem.

Fontes:
http://www.soescola.com/2016/09/criancas-com-dificuldades-na-aprendizagem-escolar.html
http://dificuldadesdeaprendizagem16.pbworks.com/w/page/113684722/O%20professor%20precisa%20administrar%20as%20adversidades


Dificuldades de Aprendizagem

    

    


    

     Através do nosso Projeto de Aprendizagem, procuramos abordar uma questão que é bem pertinente nos dias atuais, o papel do professor em relação às dificuldades de aprendizagem e sua possível contribuição, ou não, para o fracasso escolar.
    De acordo com nossas pesquisas em diferentes meios, conseguimos constatar que o professor exerce um papel fundamental de mediação no processo de desenvolvimento das aprendizagens dos alunos.
        Conforme CAMPOS (1979) 

                                          Crianças com dificuldades na aprendizagem escolar

                                                
“Logo que a criança nasce, começa aprender e continua a fazê-lo durante toda a sua vida. Com poucos dias, aprende a chamar sua mãe com seu choro. No fim do primeiro ano, familiarizou-se com muitos dos objetos que formam seu novo mundo, adquiriu certo controle sobre suas mãos e seus pés e ainda, tornou-se perfeitamente iniciada no processo aquisição da linguagem falada. (...) vai para a escola, onde por meio de linguagem dirigida, adquire os hábitos, as habilidades, as informações os conhecimentos e as atitudes que a sociedade considera essencial ao bom cidadão” (p. 14).
         Nesse momento, o olhar do professor com muita atenção para com os seus alunos é primordial, pois, é ele quem dará os primeiros passos para que o sofrimento do aluno não continue causando desconfortos futuros. 
         Por isso, o professor precisa estar atento diante das diferentes situações apresentadas pelos seus alunos, pois, ele será o responsável pelos cuidados necessários para com o educando, oferecendo-lhe oportunidades para que a criança possa se desenvolver com tranquilidade e confiança, planejando e organizando o trabalho com condições essenciais para o sucesso do processo ensino-aprendizagem.
         Pensando nestas dificuldades e no início do ano letivo, fui em busca de leituras e encontrei alguns materiais que talvez possam nos ajudar com sugestões para a nossa prática do dia a dia.
         São estratégias simples, mas que com certeza são relevantes ao cotidiano escolar.

         Seguem as estratégias:

* Sentar a criança numa área silenciosa.
* Sentar a criança perto de alguém que seja um bom modelo a seguir.
* Sentar a criança próxima de um colega que possa apoiá-la na aprendizagem.
* Orientar a atenção da criança na tarefa que será iniciada. É importante ajudá-la a descobrir e selecionar a informação mais importante, organizá-la e sistematizá-la.
* É necessário dar a ela regras consistentes sobre o que deve fazer; as instruções devem ser parceladas.Em alguns casos é conveniente enumerar as instruções para que seja mais fácil para segui-las.

* As rotinas de trabalho devem ser claras.
* Não é conveniente fazer atividades com limites de tempo. Isto pode favorecer condutas impulsivas.
* Permitir um tempo extra para completar seus trabalhos.
* Encurtar períodos de trabalho de modo a coincidirem com os seus períodos de atenção.
* Dividir os trabalhos que lhes sejam dados em partes menores do modo que elas possam completá-lo.
* Dar assistência à criança para que ela se coloque metas a curto prazo.
* Entregar os trabalhos um de cada vez.
* Exigir delas menos respostas corretas que do restante da turma.
* Reduzir a quantidade de deveres de casa.
* Dar instruções tanto orais com escritas.
* Dar instruções claras e concisas.

* Tentar envolver a criança na apresentação dos temas.
* Estabelecer sinais secretos entre a criança e o professor para poder fazê-lo notar quando está começando a se distrair.
* É importante que estas crianças estejam em ambientes de trabalho motivantes, com tarefas que sejam significativas para elas.
         Sabemos que não existe receita milagrosa e nem poção mágica, mas também sabemos que na correria do dia a dia, com uma sala de aula cheia e com várias demandas para dar conta, dicas e sugestões são sempre muito bem vindas. Espero que sirva de ajuda para quem precisar!


Fonte:
http://www.soescola.com/2016/09/criancas-com-dificuldades-na-aprendizagem-escolar.html
http://dificuldadesdeaprendizagem16.pbworks.com/w/page/113807356/O%20papel%20do%20professor%20%C3%A9%20fundamental     

        
     




terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Construindo Conceitos...

     Observando meu neto enquanto passávamos uma ótima semana na praia, pude desfrutar e perceber a sua evolução cognitiva.
     Depois de duas idas e vindas, da casa até a beira da praia, coisa de duas quadras, fiquei encantada com a ótima noção de localização dele, quando depois me pedia para ir "pa paia", e apontava na direção correta por onde íamos. Então, lembrei das aulas de Matemática e do texto "Espaço e forma na educação Infantil", onde o autor relata a importância do ensino de habilidades de lateralização, lateralidade, orientação espacial e percepção geométrica na Educação Infantil.
     A partir das minhas pequenas observações, pude perceber e comprovar que as crianças possuem habilidades inerentes desde que nascem e, os componentes das habilidades matemáticas, de acordo com Krutetskii (1976), “são qualidades internas de uma pessoa que permitem a realização satisfatória de uma atividade definida” (Krutetskii, 1976, p. 74-75). Para esse autor a habilidade para aprender matemática é "Característica psicológica individual".
     Por isso, posso dizer que ele está desenvolvendo plenamente suas habilidades, a partir da sua relação com o meio, com o outro e com o seu próprio corpo, demonstrando uma boa localização espacial. 
     De acordo com o texto, "para o desenvolvimento da orientação espacial é necessário o desenvolvimento das habilidades de lateralidade e de lateralização. Dessa forma, a percepção geométrica leva a criança a reconhecer, organizar e sintetizar as informações oriundas dos objetos que estão ao seu redor e a orientação espacial auxilia a criança a se movimentar e a localizar objetos tendo como base pontos de referências".
     Assim, dentro do seu tempo, cada criança começa a construir seus conceitos, e onde nós professores, devemos dar destaque as atividades práticas, levando em conta que ensinar Geometria não se limita apenas a reconhecer figuras geométricas, mas é requisito para a construção dos conhecimentos Matemáticos. As crianças reconhecem o ambiente no qual estão inseridas, traçam estratégias para se localizar no espaço e no tempo e esses conhecimentos devem ser expandidos na sala de aula (BRASIL, 1999). Por isso, é válido reforçar o importante papel da Educação Infantil nesta construção e de como isto deve ser feito. 
     Afinal, o trabalho com a Geometria proporciona não só conhecimentos de formas, mas também dá noções de espaço, tempo, localização e movimento (CAMPOS, 2011). 

Fontes:  http://sbem.web1471.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/2462_1802_ID.pdf
 http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/vi_mostra/rosana_aparecida_marcon.pdf