Em minha última postagem relatei sobre o Dia Mundial do Brincar enfatizando a importância do brincar para a formação e o desenvolvimento integral da criança.
Isto é algo sabido por todos e garantido por lei, entretanto, infelizmente não é um direito assegurado à uma grande parte das crianças brasileiras, que por vários e diferentes motivos, acabam perdendo seu direito de brincar, seu direito de ser criança.
De encontro a esse tema, aproveito para citar a minha postagem "A violência transformando as infâncias", onde diariamente nos deparamos com notícias de degradação e violação dos direitos infantis e de ser humano, e então faço a pergunta: O que está acontecendo com as nossas crianças?
Não podemos responder a esta pergunta sem antes tentar entender e responder a tantas outras, tais como:
- O que faz com que estas crianças entrem para o mundo do crime tão precocemente?
- Por que estas crianças não estão na escola? Onde está a família para zelar pela integridade e pelos direitos destas crianças?
- Qual o papel da sociedade e do poder público nestas situações?
- Será que estamos nos acostumando e ficando indiferentes a estas barbáries?
- Onde isto tudo vai parar? Será que vai parar?
Acredito que a palavra chave é a indiferença. Não podemos nos tornar indiferentes, achando que as coisas são assim mesmo, que não têm mais jeito. Não podemos perder a capacidade de se indignar, de se chocar com os absurdos e de lutar contra essas barbaridades para que não caiam em adaptação social. A maneira como lidamos com isso, ensina aos nossos filhos como devem encarar e lidar com os absurdos do mundo. Afinal, quem perde a capacidade de se indignar, perde também a capacidade e a vontade de mudar o mundo à sua volta.
Já dizia Karl Marx na essência de sua filosofia que " O ser humano é produto do meio", na realidade, no meio em que ele vive.
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