Realizando a leitura do texto, Constituindo a criança, de Chris Jenks, me deparei com esta pequena e simples frase, mas de grande e complexo significado, que me fez muito pensar e refletir.
Se pensarmos através desta concepção, podemos afirmar que hoje, há infância para todas as nossas crianças?
Afinal, o que é e como é a infância? Como pensar em infância?
Conforme LARROSA, devemos ver a infância como:
"A infância como algo que sempre nos escapa, que tumultua o que sabemos, que suspende o que podemos e qualifica o lugar que construímos para ela".
Portanto, de uma coisa podemos ter certeza:
"As crianças, todas as crianças, transportam o peso da sociedade que os adultos lhes legam, mas fazendo-o com leveza da renovação e o sentido de que tudo é de novo possível".(Bhabha, 1998).
E então, será que já conhecemos e entendemos nossas crianças e suas infâncias?
Para encerrar, deixo um parágrafo do texto em que diz:
"Qualquer revisão da multiplicidade de perspectivas, antigas e recentes, sobre a infância, revela um paradoxo constante, que no entanto se manifesta sob uma diversidade de formas. Em poucas palavras, podemos dizer que a criança nos é simultaneamente familiar e estranha, que ela habita o nosso mundo e contudo parece responder a um outro mundo, que ela vem de nós e contudo parece apresentar uma ordem do ser sistematicamente diferente.