Pesquisando e realizando algumas leituras que vão de encontro as nossas interdisciplinas, achei este artigo em uma página da web que fala da importância da música na sala de aula, que além de ser utilizada como terapia psíquica para o desenvolvimento cognitivo, é também uma forma de transmitir ideias e informações, fazendo parte da comunicação social.
De acordo com o professor de história, Milton Joeri Fernandes Duarte, autor da tese de doutorado A música e a construção do conhecimento histórico em aula, a música facilita o ensino da história pois cria empatia entre aluno e professor e forma um referencial de memória para os alunos, facilitando assim, sua relação com o conteúdo.
Foi a partir da sua experiência em classe que ele resolveu estudar até que ponto a linguagem musical auxilia no ensino da história e como professores e alunos que não possuem conhecimentos de linguagem musical conseguem trabalhá-la em sala de aula.
A partir dos estudos teóricos, da análise de campo e das entrevistas, Duarte chegou ao conceito de consciência musical. "A música forma um referencial de memória. Por isso existem as músicas que marcam a vida de uma pessoa", afirma. Esse conceito é ligado à consciência histórica, que é a forma como a pessoa se posiciona perante a sociedade e os fatos históricos, dependendo da experiência de vida e das situações sociais e econômicas que ela vive.
Dentro da sala de aula, a música aproxima a memória individual do professor com a dos alunos. A maior parte de consciência musical não é criada na escola, mas vem do cotidiano familiar. Por isso é necessário que o professor contextualize as canções que mostre aos alunos e que se proponha a conhecer o que os alunos gostam de ouvir para haver maior empatia entre eles.
Música e realidade
O pesquisador retoma uma ideia de Arthur Schopenhauer, filósofo alemão de século 19, que diz que a música é o máximo da expressão artística, é a arte que mais se aproxima da realidade por ter maior carga emocional que as outras. "As pessoas são tocadas emocionalmente pela música. Por isso professores e alunos que não dominam a linguagem musical conseguem trabalhá-la em sala de aula", explica. Segundo Duarte, mesmo aqueles que entendem de música são inicialmente atingidos pela emoção. "Só depois que a pessoa pode parar e pensar com o conhecimento técnico que ela tiver.
Descritivo: Quando pensamos em música, logo imaginamos o ouvido como órgão importante de sentido, mas é o cérebro que interpreta as ondas sonoras recebidas pelo ouvido.
Assim como todos os sentido externos do corpo humano (audição, olfato, tato, paladar, visão) a audição é resultado de uma interpretação cerebral. Quanto mais rica for a música em seus diferentes sons (agudos, médios e graves), timbres (cordas, sopro e percussão), ritmos (pulsações), velocidade (notas longas, médias e curtas), intensidade (forte, média e fraca) com harmonia (combinação de sons simultâneos), mais o cérebro de quem a ouve será estimulado.
A música, arte de combinar os sons, é uma excelente fonte de trabalho escolar porque, além de ser utilizada como terapia psíquica para o desenvolvimento cognitivo, é uma forma de transmitir ideias e informações, faz parte da comunicação social.
Segundo os PCN
"(...) As oportunidades de aprendizagem de arte, dentro e fora da escola, mobilizam a expressão e a comunicação pessoal e ampliam a formação do estudante como cidadão, principalmente por intensificar as relações dos indivíduos tanto com seu mundo interior como com exterior" (PCN, Arte, Introdução, 1998, p.19).
Sendo assim, é fundamental repensarmos o papel da música na escola, buscando condições necessárias para que possa ter um valor significativo no processo de educação escolar.
Fonte:http://saturnizinforma.com.br/2016/06/27/musica-na-sala-de-aula-artigo-mais-26-sequencias/